Iga Swiatek em Pequim: «O número um não é a prioridade»
O circuito feminino está em peso na China e por estes dias vão-se disputando os primeiros confrontos referentes ao WTA 1000 de Pequim, prova que irá decorrer até ao próximo dia 5 de outubro.
A tenista polaca de 24 anos Iga Swiatek conquistou no passado domingo o WTA 500 de Seoul, na Coreia do Sul, após operar uma grande reviravolta na final diante de Ekaterina Alexandrova, e chega a Pequim com muita vontade de seguir nesta senda vitoriosa e vencer o tão almejado título, figurando, naturalmente, como uma das principais candidatas a chegar a esse derradeiro encontro da competição na capital chinesa.
Em conferência de imprensa, a seis vezes campeã de torneios do Grand-Slam mostrou-se bastante elucidativa, contente pelo momento de forma que vive, teve ainda tempo para falar sobre a possibilidade de fechar o ano como número um do Mundo e abordou também a mudança de calendário das Billie Jean King Cup Finals.
A VITÓRIA EM SEOUL
“Sinceramente, não consegui refletir muito porque sabia que teria um dia de folga depois da final, então passei 12 horas conhecer a cidade. Ouvi falar muito bem dela, mas durante o torneio não tive tempo de explorar. Feliz por ter chegado à final. Mesmo não tendo sido uma partida perfeita, venci. E isso não acontece com frequência. Normalmente sinto-me bem com o meu ténis, mas a sensação no início da final não foi boa, e consegui reverter a situação. Essa é a maior lição que tirei de Seoul, embora, no geral, tenha sido uma ótima experiência. Espero voltar porque me diverti muito.”
CHANCES NA LUTA PELO NÚMERO UM
“Eu diria que o número um é algo que está sempre na nossa mente, mas não é a prioridade. Eu sei que, em termos de ranking, não importa muito se tu és o número 2 ou o número 1, são apenas números. Não estou focada nisso. É uma situação diferente do ano passado, quando não consegui defender a posição de número um, sim, então estou feliz por poder lutar por ela, mas o meu foco está no ténis e em como me sinto no court.”
RECORDAÇÕES DO TORNEIO DE PEQUIM
O torneio mudou bastante. Cheguei aqui depois de Tóquio (há dois anos), onde perdi na terceira ronda. Era um torneio menor e foi uma grande desilusão. Eu não me estava a sentir bem e estava muito cansada de toda a temporada e do que tinha vivenciado no US Open. Cheguei a pensar em saltar a gira asiática, mas a minha equipa disse me para não o fazer. Cheguei sem expectativas, até um pouco tensa, porque não tinha conquistado nenhum título. Não me diverti muito nos primeiros treinos. Ao longo do torneio, no entanto, senti que a superfície e as bolas se estavam encaixar como uma luva. A reta final da temporada não é fácil. Sentes te cansado, mas precisas de fazer um último esforço. A dinâmica mudou para mim em Pequim.”
MUDANÇA NAS BILLIE JEAN KING CUP FINALS
“Quanto ao lugar no calendário, é uma boa decisão, porque para uma jogadora que não jogue as WTA Finals é difícil sentir-se parte da temporada em novembro e não poder tirar férias. Talvez eu não devesse falar sobre férias, mas sejamos honestos, não há tempo para elas durante a temporada. Algumas jogadoras esperam, outras tiram férias, treinam por alguns dias e depois jogam o torneio, o que não é o ideal…”