Forget e a separação de Alcaraz-Ferrero: «Se o problema foi dinheiro, seria francamente ridículo»
A separação entre Carlos Alcaraz e Juan Carlos Ferrero continua a provocar ondas no circuito ATP e a gerar debate entre figuras de peso do ténis mundial. Guy Forget, antigo diretor de Roland Garros, mostrou-se surpreendido com o fim de uma parceria que classificou como “extremamente frutífera” e levantou dúvidas quanto às verdadeiras razões da rutura.
“Como muitos adeptos, fiquei surpreendido. Sabemos o quanto Alcaraz deve a Ferrero e desconhecemos a raiz do problema”, afirmou Forget em declarações ao Tennis Actu. O francês considera difícil compreender a decisão quando os resultados foram tão positivos: “Quando uma colaboração funciona tão bem, é legítimo perguntar se o futuro pode mesmo ser melhor”.
Forget aponta duas hipóteses principais para a separação. A primeira, relacionada com questões financeiras, parece-lhe pouco plausível: “Alcaraz gera valores exorbitantes. Seria ridículo não pagar a um treinador como Ferrero aquilo que vale”. A segunda, que considera mais provável, prende-se com tensões acumuladas no seio do entourage do jogador. “Muitas vezes, quando surgem problemas, não vêm diretamente do jogador, mas de quem o rodeia: família ou agentes, que podem alimentar conflitos”, explicou.
Apesar da instabilidade criada, Forget não antevê um colapso competitivo do espanhol em 2026. “A estabilidade dava-lhe serenidade, mas Alcaraz é demasiado bom para perder o controlo. Pode precisar de algum tempo para reencontrar equilíbrio, mas certamente escolherá alguém competente e experiente”,concluiu.
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