Federer vai ensinar os filhos a bater a esquerda a duas mãos
No top 10 há quatro jogadores a representá-la – Federer, Thiem, Wawrinka e Dimitrov – e uma das meias-finais jogadas em Xangai, na China, esta sexta-feira, foi até disputada por dois dos seus maiores artistas, mas a esquerda a uma mão já viveu melhores dias e há quem chegue mesmo a dizer que tem os dias contados.
Otimista por natureza, Roger Federer tem esperança que esquerdas como a sua não desapareçam de vez, mas admite que é nesse sentido que o ténis corre, recusando-se, confidencia, a incentivar os seus filhos (duas gémeas e dois gémeos) a seguirem o seu exemplo.
“Daqui em diante, vamos ver a esquerda a duas mãos predominar, e é dessa forma que vou ensinar os meus filhos a jogar ténis”, disse Federer depois da sua vitória sobre Richard Gasquet, dono de uma das esquerdas a uma mão mais admiradas do ténis.
“Acho que é mais fácil. Pode ter-se menos alcance na resposta, mas pode deixar-se passar a bola e apanhá-la mais atrás. É para a esquerda a duas mãos que o ténis corre, mas espero que a a pancada a uma mão não esteja em extinção. É bom assistirmos a esquerdas a uma mão. A do Thiem, do Gasquet, do Stan [Wawrinka]… são todas ótimas, principalmente quando jogada com potência”, analisou o número dois mundial.
“A mesma coisa em relação a Grigor [Dimitrov]”, continuou.“E é bom ver também o Denis [Shapovalov] e o Thiem, jogadores jovens, a contribuírem para que se mantenha viva. Mas estaremos em desvantagem daqui para a frente. Infelizmente, o Bjorn Borg teve um grande impacto nisso”.
Curiosamente, Federer discute este sábado o acesso à final do Masters 1000 de Xangai com Juan Martin del Potro, que esteve em dúvida para o encontro por ver a sua esquerda afectada com a queda sofrida na ronda anterior. O embate entre ambos acontece às 13 horas de Portugal Continental.