Federer: «Assimilo cada vez mais rápido e melhor as derrotas»
O número de vitórias é inversamente proporcional à idade. A teoria era boa e seguia irrefutável, mas só até Roger Federer regressar de uma cirurgia ao joelho, aos 35 anos, e largar a vencer encontros e torneios como quando vagueava com grande ligeireza pela casa dos vinte.
O resultado, quando ainda faltam três meses para terminar a temporada, são cinco títulos arrecadados, entre eles um par de Grand Slams (Open da Austrália e Wimbledon), os primeiros desde 2012. O segredo passa, confirma Federer, pela forma como aprendeu a relativizar as derrotas.
“Coloco as coisas em perspectiva”, começou por dizerm, ao The Times, o titular de 19 majors. “Assimilo cada vez mais rápido e melhor as derrotas, mesmo que sejam dolorosas. Sigo em frente, sei que me preparei bem e que dei o meu melhor. Em vez de estar a desperdiçar energia negativa em coisas que não posso mudar”.
“Levanto a cabeça, aprendo com isso e sigo em frente. Além disso, acho que preciso de ter essa perspectiva das coisas, por ser pai de quatro filhos e ter uma vida tão ocupada. Preciso de ultrapassar esse tipo de situações rapidamente para conseguir lidar com a pressão, com o estrelato e as viagens”, frisou Federer.
Por já ter passado por situações idênticas às que atravessam Novak Djokovic e Andy Murray, o helvético diz-se certo de que se tratam de momentos passageiros. “Foram obrigados a fazer uma pausa porque vinham a sofrer com lesões há já algum tempo. Acho que é uma altura raro, por estarem muitos jogadores parados ao mesmo tempo. O Open dos Estados Unidos não foi bem o mesmo. Ainda assim, foi um sucesso – o Rafa [Nadal] jogou de forma fenomenal e houve quatro norte-americanas nas meias-finais”.