Duarte Vale: «Ver os craques e sentir que estamos no mesmo torneio que eles motiva qualquer pessoa»
Duarte Vale, número 14 do ranking mundial de juniores, entrou com o pé direito naquela que é a sua primeira participação no Open da Austrália. O jovem natural de Cascais qualificou-se para a segunda ronda tanto em singulares como em pares, mas na variante individual derrotou o russo Nikolay Vylegzhanin, número 66 da hierarquia, por 6-1 e 6-2, em curtos 58 minutos.
“Senti-me bem, apesar de alguns nervos nos primeiros jogos, o que é bom e normal. Os nervos não afetaram o meu jogo e consegui assumir uma liderança cedo”, começou por dizer, ao Bola Amarela, o jogador do Clube de Campo da Quinta da Moura, que admite estar muito satisfeito com o ambiente fora dos courts.
“Fora dos campos o ambiente é incrível, ver todos os craques, e sentir que estamos no mesmo torneio que eles, motiva qualquer pessoa que goste de ténis”, assumiu o português, que tem sido acompanhado pelo treinador Emanuel Couto e defende o estatuto de cabeça de série pela primeira vez numa prova do Grand Slam.
“Comigo funciona assim: eu tenho consciência de que impõe mais respeito aos adversários, mas não tenho pressão ou motivação extra por ser cabeça de série, até porque tenho bem presente que todos jogam muito bem, e em qualquer dia me podem ganhar”, sublinhou Vale, a jogar como sexto pré-designado em Melbourne Park.
Na segunda eliminatória, Duarte Vale terá pela frente o australiano Moerani Bouzige, número 78 da tabela classificativa júnior, com quem nunca mediu forças a nível profissional.