Djokovic: «Não tenho tempo para apontar as lesões que tenho, ia levar muito tempo»
Novak Djokovic qualificou-se para os oitavos de final de Roland Garros após sobreviver a dois sets duríssimos frente a Alejandro Davidovich Fokina que duraram mais de três horas.
O tenista sérvio voltou a aparentar ter algumas limitações físicas (foi mesmo assistido após o segundo parcial) mas, no final, realçou a excelente atitude competitiva e aproveitou também para deixar algumas críticas a determinados grupos de adeptos.
SOBREVIVEU A DOIS SETS DURÍSSIMOS
O segundo set foi extremamente duro por vários motivos. O primeiro é que tivemos três horas para jogar dois sets. Não me lembro da última vez que joguei dois sets com esse tempo. Talvez contra o Nadal. Isto se tinha ido a quatro ou cinco horas se tivesse perdido algum set. As condições aqui estavam a ser muito desafiantes a nível físico. O serviço não era uma vantagem para nenhum dos dois.
REPAROS AO PÚBLICO
Sempre recebi aqui muito apoio nos anos em que perdi finais ou quando ficava muito perto do título. Recebi muito apoio nesses anos e estou agradecido por isso. Tenho bonitas memórias. Ainda recebo esse apoio. A maioria das pessoas vem desfrutar do ténis mas há grupos que gostam de assobiar por cada coisa que fazes. É muito desrespeitoso e não entendo. Mas estão no seu direito. Pagaram bilhete e podem fazer o que quiserem. 99% das vezes fico calado mas há vezes em que as pessoas merecem que responda.
ASSISTIDO APÓS O SEGUNDO SET
Não tenho tempo para apontar todas as lesões que tenho, ia levar muito tempo. Não gosto de me sentar aqui e falar dessas coisas. Como desportista, este tipo de coisas só te resta aceitar. Às vezes, precisas de ajuda do fisio no encontro ou uma pastilha, o que for. Há que lidar com a temporada. O meu corpo, aos dias de hoje, responde de forma diferente ao que respondia há uns anos e só tenho de me ajudar ao que há.