O que é que Djokovic tem que deixa Murray absolutamente impressionado?
Se o dia de ontem, sábado, foi sinónimo de descanso para a maioria do comum dos mortais, para os tenistas significou o início dos trabalhos em Wimbledon, com a sala de imprensa a abrir as portas pela primeira vez este ano.
Andy Murray foi um dos entrevistados mais aguardados, ou não fosse ele a grande esperança da casa e a (teórica) real ameaça para o favorito Novak Djokovic. E foi exatamente sobre o número um mundial que o escocês de 29 anos dedicou algumas (muitas) das suas palavras na conversa que teve com os jornalistas presentes no All England Club.
Questionado sobre qual a característica do jogo do homem que o impediu de vencer os últimos dois Grand Slams disputados que mais admira, Murray não perdeu muito tempo a pensar. “A consistência, mesmo”, começou por dizer. “Bem, ele executa todas as pancadas bem, não tem pontos fracos no seu jogo. Ele faz tudo bem, em todas as superfícies. Mas a sua consistência e estabilidade que tem demonstrado nos últimos anos é incrível”.
Murray é o jogador que mais resistência tem apresentado ao sérvio, tendo-o defrontado em quatro ocasiões esta temporada, duas delas em finais do Grand Slam. “A quantidade de finais que ele jogou… São raros os encontros que ele não venceu nos últimos, não sei, 15, 16 meses. Ele atingiu a final de todos os torneios que disputou até ter desistido em Doha [na verdade, foi no Dubai], no início do ano. Não sei se isso já tinha acontecido, alguém que alcançou de forma tão consistente as finais dos torneios. Isso é o mais impressionante de tudo”, continuou o campeão de Wimbledon em 2013.
“Num desporto individual, se tens um dia mau, se te levantas e te sentes péssimo, a este nível, perdes. Ele não teve nenhum desses resultados ou encontros nos últimos anos. É realmente impressionante”, concluiu.