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Djokovic faz o pleno ou Wawrinka faz das suas?
Quando foi realizado o sorteio do quadro masculino de Roland Garros, todos os olhos ficaram postos no possível confronto entre Novak Djokovic e Rafael Nadal. O encontro entre o número um do mundo e o nove vezes campeão da prova foi vista por muitos como uma final antecipada, descartando outros possíveis nomes como Andy Murray ou Roger Federer para a conquista do troféu de campeão.
A verdade é que Djokovic fez aquilo que já ninguém fazia desde 2009: derrotar o maiorquino em pleno Court Philipp Chatrier. Mas entretanto, do outro lado do quadro, Stanislas Wawrinka ia avançando ronda a ronda sem perder qualquer set, dando um aviso de que estava em Paris para derrotar todos os que se colocassem à sua frente. Uma das principais vítimas foi Roger Federer.
Chegamos então à grande final. A segunda final em Roland Garros para Novak Djokovic, que pode assinalar o tão aguardado Grand Slam de carreira, e a segunda final em torneios desta categoria para Stanislas Wawrinka, coroado campeão no Open da Austrália de 2014 depois de levar a melhor perante Rafael Nadal e, também, Novak Djokovic.
Prestações na terra-batida em 2015
Esta vai ser a primeira final que Stan disputa sobre a terra-batida depois de ter vencido o título no Masters 1000 de Monte-Carlo em 2014. Apesar disso, o jogador de 30 soma este ano 16 vitórias nesta superfície (incluíndo Roland Garros) diante de jogadores como Rafael Nadal, Roger Federer e João Sousa.
Por sua vez, Novak Djokovic chega à grande final numa série de 29 vitórias consecutivas e títulos em Roma, Monte-Carlo, Miami e Indian Wells – todos os Masters 1000 que jogou até agora – para além da vitória no Open da Austrália.
O confronto direto
Olhando para o histórico de duelos entre o primeiro e o oitavo favoritos em Paris, Novak Djokovic tem uma clara vantagem teórica. O jogador sérvio apenas perdeu com o seu oponente helvético numa única ocasião sobre o pó-de-tijolo e isso aconteceu precisamente na primeira vez em que ambos se encontraram: temporada de 2006, na final do torneio de Umag.
Dos 20 confrontos entre ambos, há um dado curioso: houve cinco encontros que tiveram como palco torneios do Grand Slam. Um desses cinco encontro foi vencido por Wawrinka (AO’2014), mas foi Novak Djokovic quem arrecadou a primeira partida.
Em duas de quatro vitórias por parte do sérvio (AO’2013 e US Open’2013), foi… Wawrinka quem conseguiu o primeiro set, provando que nada está terminado até ser disputado o último ponto.
O percurso até à final
Tanto Novak Djokovic como Stanislas Wawrinka tiveram alguns possíveis perigos que souberam controlar com distinção. Para além de não ter perdido qualquer set frente ao seu compatriota Roger Federer, o oitavo favorito derrotou Gilles Simon e ainda Jo-Wilfried Tsonga.
Já Djokovic teve teoricamente um tarefa mais complicada ao enfrentar o jovem talento Thanasi Kokkinakis antes de ser forçado a derrotar Richard Gasquet, Rafael Nadal e Andy Murray pelo caminho.
A média de classificações dos adversários de Djokovic ronda o 42.º posto, embora as posições de Kokkinakis e de Gasquet sejam um pouco enganadores (jovem ascensão e jogador regressado de lesão). O média dos oponentes de Stan é o 38.º posto.
Quando se analisa o tempo que cada jogador passou em competição nota-se uma certa vantagem de Stanislas Wawrinka por duas razões: em primeiro, pelo facto de ter perdido menos um set, o suíço passou quase menos uma hora dentro court.
Para além disso, Djokovic foi obrigado a continuar o duelo das meias finais nesta sábado frente a Andy Murray, apesar de, em conferência de imprensa, dizer que se sente bem para a final e que este não é um fator decisivo.
Eficácia ao longo do torneio
Já dizia Thanasi Kokkinakis: «O Djokovic não é muito explosivo mas não tem nenhuma fraqueza». Com isto, o jovem australiano estava a referir que, apesar de não ter nenhuma pancada que prime pela velocidade ou eficácia, o sérvio exibe um jogo defensivo que deixar qualquer adversário frustrado, e Roland Garros não foi exceção.
Wawrinka arremessou mesmo mais winners ao longo dos seis encontros disputados em Roland Garros apesar de ter disputado menos um set quando comparado com os números de Novak Djokovic, que por sua vez cometeu menos faltas não provocadas.
No capítulo do serviço a história é semelhante: Wawrinka é mais rápido, mais certeiro (quase o dobro dos ases) mas também quem comete mais erros, enquanto Djokovic cometeu duplas faltas em apenas três encontros desde o início do torneio. É também relevante a baixa percentagem de primeiros serviços do helvético, algo que poderá ser esmiuçado pelas devoluções “matreiras” do número um mundial.
Os dados estão lançados, as estatísticas estão apresentadas e a ansiedade para que comece a final é muita. Está marcada para as 14h (hora de Portugal continental), em pleno Court Philippe Chatrier, e as bancada prometem estar repletas de espetadores que esperam ténis de qualidade e ao nível de dois jogadores do top-10 mundial. Ready? Play!