«É muito difícil que Nadal venha a ganhar outro Grand Slam», diz Panatta
Já lá vão 40 anos desde que Adriano Panatta se sagrou campeão de Roland Garros – uma conquista que se viria a revelar caso único no seu palmarés -, mas o antigo número quatro mundial regressou à mira da imprensa nos últimos dias, devido à sua aparição no Philippe Chatrier para entregar a Taça dos Mosqueteiros a Novak Djokovic, no passado domingo.
À conversa com o jornal a “Marca”, o italiano de 65 anos elegeu como o adversário mais duro que teve de enfrentar Bjorn Borg, que serviu de mote para falar sobre Rafael Nadal, o jogador que é tido como o Borg da era moderna. “Sinto um grande respeito pelo Nadal, não só por ser uma excelente jogador, mas por ser também uma grande pessoa. É humilde e um exemplo para as gerações futuras”, confidenciou.
Mas, acrescenta, “é muito difícil que venha a ganhar outro Grand Slam, porque está cada vez mais agastado”. Uma condição que Panatta considera perfeitamente normal: “está a demonstrar que é humano, naturalmente”.
O antigo campeão do Grand Slam parisiense considera que este é o tempo de Novak Djokovic, jogador que ficará na memória de todos pelos feitos incríveis que tem alcançado nos últimos anos. “Tornou-se numa lenda. Sempre defendi que para se ser um grande campeão é preciso ganhar Roland Garros, e ele conseguiu-o”.
“É o torneio mais difícil dos quatro grandes e houve grandes jogadores que não o conseguiram. Ainda assim, não é certo que ele vá ser o melhor de todos os tempos. Ainda é cedo para dizer isso. Cada época teve os seus campeões: Rod Laver, Bjorn Borg, Andre Agassi, Roger Federer, Rafael Nada. Agora é o Novak quem domina o circuito, mas ainda há muito para ser feito”, alertou Panatta.