Billie Jean King critica formato da Batalha dos Sexos: «Não entendo algumas coisas…»
Billie Jean King foi protagonista de um dos momentos mais marcantes do ténis feminino ao ter defrontado Bobby Riggs, na Batalha dos Sexos de 1973, um embate que marcou uma nova fase da modalidade.
Ora, a duas semanas da nova versão da Batalha dos Sexos, entre Aryna Sabalenka e Nick Kyrgios, a norte-americana mostrou-se algo crítica em relação a este formato e garantiu que o fundo não está de todo relacionado com o que aconteceu há 52 anos.
CONTEXTO DIFERENTE
A única semelhança que há entre esse jogo e o que eu joguei na altura é que será entre um rapaz e uma rapariga. Tudo o resto não tem nada a ver. O que eu fiz estava centrado em provocar uma mudança social e cultural no contexto em que vivíamos. Obviamente, quero que a Sabalenka ganhe, mas não entendo algumas coisas e não se pode comparar com o meu jogo.
FORMATO ATUAL COMPLETAMENTE DIFERENTE
Eu joguei contra o Bobby à melhor de cinco sets e sem alterar absolutamente nada no court. Disse a mim mesma que tinha de competir em igualdade de condições porque, caso contrário, era melhor não o fazer. A minha ação foi dura a nível político e trouxe consigo uma mudança cultural muito forte. Sabia que tinha de ganhar aquele jogo para impulsionar o progresso, havia muitas razões para competir.
CONSCIÊNCIA DAS DIFERENÇAS
Nenhuma mulher alguma vez disse que somos melhores do que os homens. Falamos sempre do valor daquilo que fazemos. Às vezes, um jogo feminino acaba por ser mais divertido do que um masculino, mas incomoda-me muito quando alguns querem insinuar que nos achamos melhores do que os homens, porque nunca dissemos tal coisa.
Leia também:
- — Alcaraz ganha o prémio desportivismo do ATP em 2025
- — Jannik Sinner já prepara a nova época com olho no Australian Open 2026
- — Eis as listas do Australian Open 2026, com algumas surpresas
