Barty: «Nunca vou deixar o ténis, mas não vou jogar de forma egoísta a perseguir uma carreira»
Ashleigh Barty colocou um ponto final numa carreira condecorada logo aos 25 anos, mas a verdade é que nunca vai deixar o ténis. Quem o diz é a própria australiana, que deu uma conferência de imprensa na sequência desse anúncio inesperado, na qual abriu ainda mais o livro e garantiu que não está a esconder nada.
“Não estou a esconder nada de estranho. Não tenho planos fixos noutros desportos, não vou ser mãe agora. Não há segredos. Vou continuar ligada ao ténis, há dez dias estava a treinar e vou seguir isso. Nunca vou deixar de jogar ténis, mas não o vou fazer de forma egoísta a perseguir uma carreira profissional. Dei absolutamente tudo o que podia a este desporto e não seria justo com a minha equipa eu não estar 100% comprometida. Foi um grande caminho. Não mudaria nada e não me arrependo!”, confessou.
Barty falou ainda sobre a despedida no Australian Open, a conquistar o ‘seu’ Grand Slam pela primeira vez na carreira. “Foi a maneira perfeita de dizer adeus. Não conheço um público tão espectacular como o que me ajudou durante o torneio e, mesmo que não fosse definitivo, suspeitava que ia ser o meu último. O meu triunfo em Wimbledon mudou totalmente o meu ponto de visto e ajudou-me a preparar bem o Australian Open, que sempre foi outro dos meus grandes sonhos. Foi incrível ganhar perante eles”, disse.
E o que vem a seguir no ténis, afinal? Barty nem fecha a porta a um regresso. “Adorava contribuir para a sociedade de diferentes maneiras e uma delas é assessorando tenisticamente rapazes e raparigas. Também vou continuar a trabalhar com as comunidades aborígenes e tentar aumentar as suas oportunidades de futuro. Regresso? Nunca digas nunca, mas nestes momentos estou longe disso”, rematou.