ATP e WTA congelam os rankings durante três meses: Djokovic não vai ultrapassar Sampras (para já)
O comunicado conjunto do ATP e do WTA esta quarta-feira confirmou, entre outras coisas, que os dois rankings mundiais serão congelados até ao dia 8 de junho, a próxima data em que se prevê ser possível competir. Ou seja, os pontos de Indian Wells, Miami, Roma, Madrid ou Roland Garros, por exemplo, não serão retirados… pelo menos para já.
A classificação e total de pontos de cada jogador vai manter-se tal e qual como está até ordem em contrário, o que fará com que o número de semanas no topo da classificação por parte de Novak Djokovic, de 32 anos, se mantenha nas 280, a seis de Pete Sampras, que ele estava na iminência de ultrapassar, e a 30 de Roger Federer, o recordista absoluto, que assim já não poderá ser ultrapassado durante esta temporada.
Federer é um dos maiores beneficiados por este congelamento, mas não o maior. Rafael Nadal era o tenista com mais pontos a defender entre março e junho, logo seguido por Dominic Thiem e Novak Djokovic. O sérvio poderia, no entanto, aumentar a sua margem face a Nadal tanto nos Masters 1000 de março como na terra (caso fizesse melhor do que em 2019), coisa que assim já não poderá acontecer.
Aliás, o congelamento dos rankings faz com que, caso haja época de relva, Nadal tenha boas chances de voltar ao topo depois de Wimbledon, uma vez que defende na relva muito menos pontos do que o sérvio (720 contra 2000).
No circuito feminino, esta realidade vai evitar enormes quedas na classificação: Kiki Bertens, Bianca Andreescu e Karolina Pliskova arriscavam-se a sair do top 10 caso os rankings não congelassem, mas assim continuam onde estão. Venus Williams sairia do top 100, mas mantém-se entre essa elite.