Zverev desgastado: «Fisicamente, está a ser uma época terrível»
Parecia que a época tinha começado bem para Alexander Zverev (3º), mas tudo não passou de uma miragem. Dez meses depois, o alemão anda perdido pelo circuito, com dores nas costas e sem conseguir encontrar o ritmo desejado. Uma angústia que se foi acumulando e que ele espera resolver o quanto antes.
O que Zverev não perde é a fé, algo natural em quem tem apenas 28 anos e ainda centenas de desafios pela frente. No entanto, a temporada de 2025 não tem sido fácil: nem o seu corpo tem colaborado, nem o domínio de Sinner (2º) e Alcaraz (1º), que têm repartido todos os grandes títulos, lhe deixa muito espaço. Antes de estrear no ATP 500 de Viena, o alemão concedeu uma entrevista ao Bild para atualizar o seu estado físico e mental.
ANO COMPLICADO A NIVEL FÍSICO
“Este ano tem sido duro. No início comecei bem, mas depois tive problemas no cotovelo, por isso não consegui treinar bem o meu serviço. Desde então, custou-me muito a servir e as minhas estatísticas de serviço caíram a pique. Depois começaram as dores nas costas, que já levo há vários meses, assim é muito difícil encontrar ritmo. Sempre que sentia que estava a jogar bom ténis, como em Toronto e Cincinnati, surgia um novo contratempo, como aconteceu em Nova Iorque, outra vez com as costas. Esse seria o resumo do meu ano: uma época terrível a nível físico”
ALCARAZ E SINNER
“Ambos são muito dominantes, embora, quando fui número 2 do mundo no início do ano, tal como no final de 2024, me sentisse em casa. Ganhei torneios e joguei finais, mas as coisas começaram a descambar depois da final do Open da Austrália, nessa derrota frente ao Sinner. Na altura sentia que, se jogasse o meu melhor ténis, ainda podia estar lá em cima. Agora, para conseguir isso, preciso de estar a 100%, algo que infelizmente não aconteceu desde Melbourne”
LESÃO NAS COSTAS
“As injeções estão a funcionar, já levei a segunda. Tinha muitos problemas; depois do Masters de Xangai voei para Hamburgo apenas por um dia para fazer a segunda injeção. No entanto, quando as coisas melhoram numa área, de repente pioram noutra. Confio que tudo vai correr bem, que vou voltar a estar em forma e a jogar bom ténis. Treinei bem na Arábia Saudita esta semana e agora vêm torneios que gosto bastante, em piso rápido coberto, como Viena e Paris, onde ganhei no ano passado. Acredito que posso voltar a jogar bom ténis”
VENCER A CARLOS E JANNIK
“Sei que posso vencer o Carlos e o Jannik, estou convencido disso, mas antes preciso de recuperar a confiança e acreditar que posso voltar a esse nível. Infelizmente, não existe uma fórmula mágica que te faça estar a cem por cento… ou, se existe, é ilegal”