Vitórias de Nadal e Ramos confirmam domínio espanhol em Monte Carlo
Está confirmada uma final 100% espanhola no Masters de Monte Carlo. Com a vitória por 6-3 e 6-1 sobre David Goffin, Rafael Nadal junta-se ao seu compatriota Albert Ramos que, horas antes, havia batido o francês Lucas Pouille, num duelo que só ficou decidido na terceira partida, com parciais de 6-3, 5-7 e 6-1, e que lhe garante a entrada no top-20 mundial.
Na segunda meia-final do dia Nadal bateu Goffin em apenas dois sets. O belga apenas foi capaz de ganhar quatro jogos durante todo o encontro, mas o que, à partida, parece ter sido um passeio para o maiorquino, foi na verdade algo de bem mais complicado.
Ao final do quarto jogo da meia-final Goffin vencia por 3-1, com um break à maior. Quando voltou a servir, aos 3-2, a polémica estalou. Após ter tido várias oportunidades para fechar o 4-2, o belga vê Nadal atirar uma bola bem fora da linha. Quem não foi da mesma opinião foi o juiz da partida, o francês Cédric Mounier, que, após baixar da cadeira para confirmar, acabou por atribuir o ponto ao espanhol.
Após esta situação, foi o descalabro para Goffin que, obcecado pelo ponto perdido, desapareceu do encontro, sendo facilmente derrotado por Nadal. No final o belga recusou-se a cumprimentar o árbitro do encontro. De 1-3 para 6-3 e 6-1, dos últimos 12 jogos disputados, 11 caíram para o lado do espanhol que, assim, atinge a sua 44ª final em torneios Masters 1000, igualando Roger Federer.
Antes havia sido outro espanhol a fazer história. Aliás história seria sempre feita, uma vez que, Lucas Pouille, adversário de Albert Ramos, também nunca tinha atingido uma final de um torneio Masters 1000. Pode-se dizer que a consistência de Ramos imperou neste encontrou. Foi assim que o catalão conseguiu vencer o primeiro set, após uma troca de breaks inicial, e também foi assim que, após ver Pouille conquistar a segunda partida aos 7-5, Ramos foi buscar forças para uma entrada de rompante no terceiro set (3-0) que lhe permitiu ter a tranquilidade necessária para fechar com um parcial de 6-1.
Para a final de amanhã, a 11ª de Nadal em Monte Carlo, é o maiorquino que, naturalmente, recolhe maior dose de favoritismo. À quarta final da temporada, Rafa vê aqui uma oportunidade de ouro para arrecadar o primeiro título da época, o décimo em Monte Carlo, e confirmar o excelente início de ano com uma, também ela muito boa, entrada na terra batida. Já para Albert Ramos tudo o que vier a mais já poderá ser considerado incrível para um jogador que vai entrar no grupo dos 20 melhores do mundo pela primeira vez e que vai jogar uma final numa categoria de eventos na qual nunca havia sequer atingido os quartos-de-final.