Sinner já pensa em mais Grand Slams: «Se quero ganhar mais tenho de continuar a melhorar»
Jannik Sinner viveu um dia que jamais se vai esquecer, depois de ter conquistado o Australian Open, naquele que é o primeiro Grand Slam da carreira.
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O italiano fez uma recuperação épica e, aos jornalistas, falou do turbilhão de emoções que viveu e até se revelou surpreendido com o início de Daniil Medvedev.
INÍCIO MUITO FORTE DE MEDVEDEV
Esperava algo diferente dele, tinha a sensação de que podia ser algo mais agressivo que o normal mas não tão agressivo. Jogou muito bem durante os primeiros dois sets ou dois sets e meio. Tentei jogar ao mesmo nível, tentado aproveitar as minhas oportunidades no terceiro set e consegui. Simplesmente tentei aguentar em court o maior tempo possível, sabendo que ele tinha passado muitas horas em court, por isso, quanto mais avançava o encontro, talvez eu ficasse melhor fisicamente. Essa foi a chave.
PRESSÃO EM GANHAR UM GRAND SLAM?
Sim, há sempre pressão mas é algo bom isso. Há que levar de uma boa maneira, é um privilégio. Não há muitos jogadores que tenham este tipo de pressão, mas por outro lado, quando tens pressão, há sempre que pensar que as pessoas acreditam realmente que podes conseguir. Gosto de estar com esta pressão, não sei como dizer. Pessoalmente gosto porque é quando consigo tirar o meu melhor ténis. Também estou bastante relaxado nesta ocasião porque tento sempre desfrutar em court. Creio que a pressão é um privilégio.
COMO É VENCER UM GRAND SLAM AOS 22 ANOS
É especial em qualquer sentido porque é um grande troféu. É especial quando vês os grandes nomes no sorteio e podes ganhar porque sinto-me um privilegiado só de estar no quadro e tentar ganhar aos outros jogadores. Quanto mais avanças, menos pessoas vês no balneário ou na zona para comer, isso faz sentir-te bem e sabes que estás a fazer um bom torneio. E essa foi exatamente a sensação que tive nas últimas três rondas porque nos quartos de final já está bastante vazio. É uma sensação realmente boa.
QUANDO SENTIU QUE PODIA GANHAR UM GRAND SLAM
Creio que só esta temporada. Não sentia no ano passado, nem há dois. Conhecer melhor o meu corpo e a minha equipa foi um passo muito importante para mim. No ano passado tentámos ter melhores resultados e comecei muito bem nos torneios indoor, depois em Indian Wells fiz meias-finais, Miami final. No Mónaco cheguei às meias-finais, tal como em Wimbledon. Consegui muitos bons resultados. Creio que isso fez-me acreditar que posso competir contra os melhores do mundo. Agora tenho que processar o que fiz, é um grande momento para mim e para a minha equipa mas, por outro lado, também sabemos que temos de melhorar se queremos ter outra oportunidade de levantar um Grand Slam. O processo e o trabalho duro, de vez em quando, dão os seus frutos.