Sharapova: «Lutei muito pela verdade»
A poucas semanas de regressar aos courts, Maria Sharapova reforça uma vez mais que a redução da sua pena de dois anos é perfeitamente aceitável e que lutou muito pela verdade.
A ex-número 1 mundial foi condenada em 2016 a dois anos de suspensão, após um controlo positivo de doping no Open da Austrália. A russa acusou Meldonium, uma substância que foi permitida durante cerca de 10 anos até ser banida no final de 2015. Sharapova foi inicialmente suspensa por dois anos, pena que viria ser reduzida para 15 meses. Ultrapassado esse período, a russa está agora autorizada a regressar.
A vencedora de cinco títulos do Grand Slam acredita que lutou bastante para alterar a pena a que foi sujeita, sustentando, por exemplo, que não se dopou intencionalmente. “Quando estás mais perto do final da tua carreira do que do início, de certeza que queres terminar esse capítulo da tua vida sendo dona do teu destino. Foi por isso que lutei tanto pela verdade”.
Sharapova falou no âmbito da conferência ANA Inspiring Women, um encontro de destacados atletas que antecede o início do primeiro major da LPGA (Associação Profissional de Golfe Feminino). E quando questionada acerca das polémicas acusações de algumas das suas colegas relativamente ao “tratamento preferencial” em alguns torneios, a russa não se mostrou muito preocupada com o assunto.
“Quando gostas do que fazes, e o fazes com paixão, integridade e trabalho árduo, e treinas no court 28 sem ninguém a ver, aí percebes o que procuras e quem és”, salienta. “Eu estou de volta ao meu trabalho. Isso é excelente. Eu treinei muito nos últimos quatro meses. Se foi difícil? Muito!”.
Relativamente ao tempo passado afastada do ténis, a russa diz que tentou manter-se ocupada ao máximo. Tirou um curso de estratégia empresarial na Harvard Business School, estudou liderança em Londres, esteve envolvida no seu projeto Sugarpova, entre outras coisas. “Aprendi que há mais vida para além do ténis”.
Mas, apesar de tudo, é no ténis que Maria Sharapova se vê num futuro mais próximo. Ainda que se mantenha cautelosa em relação ao regresso propriamente dito. “Treinar não é o mesmo que jogar. Mas eu sei que a minha mente e o meu corpo continuam a ter a motivação certa para jogar o meu melhor ténis”. Recorde-se que a ex-número 1 mundial regressa no próximo dia 26 de abril, no Open de Estugarda.