Roger Federer diz que lhe «pensou pela cabeça» acabar com a carreira depois do 18.º Grand Slam
“Roger Federer retira-se permanentemente do ténis”. Este é o título de uma notícia que muitos de nós, jornalistas, vão escrever um dia, mas todos desejam para que esse dia chegue o mais tarde possível. Para Roger Federer, esse dia não acontecerá pelo menos antes de 2019, mas o suíço confessou numa entrevista recente que abandonar o ténis depois do Open da Austrália chegou a passar-lhe pela cabeça.
Ainda antes de ser anunciado que Roger Federer irá disputar o ATP 500 de Basileia pelo menos por mais três edições, o antigo número um mundial teve uma conversa com o jornalista Christopher Clarey, do “The New York Times“, e confessou que desistir do ténis depois de um momento tão único como o 18.º Grand Slam no palmarés chegou cruzar-lhe o pensamento, por muito que remotamente:
“Acho que, num pensamento longínquo, me passou pela cabeça. Será que poderia superar isto? Mas lá está, a satisfação era tão grande que continuei a ver a reação da minha equipa quando venci o match point no Open da Austrália e como eles estavam a saltar de alegria. Inacreditável”
Roger Federer, parado por seis meses devido à recuperação de uma intervenção cirúrgica, diz que ter um regresso tão curto nunca esteve nos seus planos, ja que o objetivo “era fazer isto durante os próximos anos, não apenas por um torneio”. O helvético diz que entende quem diz que este seria o momento perfeito para se retirar, estando no auge, mas ainda não é o momento: “sinto que trabalhei tanto, e adoro tanto isto, que ainda tenho muito [combustível] no tanque”.
Uma vez mais, Federer diz que este troféu foi o mais impactante de todos os 18 Grand Slams conquistados até ao momento, especialmente pelos dias seguintes: “estou tão feliz porque não tive de jogar nas semanas seguintes, e isso permite-me refletir e desfrutar. No passado, em 2003, quando venci Wimbledon pela primeira vez, estava em Gstaad no dia seguinte a treinar… era um tempo muito diferente. Eu ainda estou na onda, a sentir que estou nas nuvens”.
O número nove da hierarquia mundial tem o regresso agendado para o ATP 500 do Dubai, disputado na próxima semana.