Opelka: «Gostava de jogar na NBA… Se fosse razoável estava a ganhar 28 milhões por ano»
Reilly Opelka é um gigante que não tem papas na língua. Aos 24 anos, está no 20.º lugar do ranking ATP e é o melhor norte-americano no ténis masculino, um estatuto que aborda sem qualquer problema. Aliás, questionado sobre se os norte-americanos têm hipótese de começar a reconquistar o domínio da modalidade, Opelka tem a resposta na ponta da língua.
“Não, não acho que seja possível. Por causa dos russos. Eles estão cá para ficar e vão dominar durante um tempo”, disse numa entrevista ao ‘Tennis Insider’, na qual aborda uma série de temas sem qualquer tipo de tabus. Como, por exemplo, o facto de os Estados Unidos não viverem tempos tão fortes como já aconteceu noutros anos.
“Somos uns quantos só. É um grupo bem mais pequeno. Na Europa é futebol ou ténis. Nos Estados Unidos é futebol americano, beisebol ou basquetebol. O futebol é maior do que o ténis, o lacrosse também. Os melhores atletas do mundo são americanos, mas eles só jogam basquetebol ou futebol americano. E porque não?#8221;, afirmou. “Gostava de jogar basquetebol… Acho que sou um grande atleta, mexo-me bem para um tipo alto. Se eu fosse razoável, entre os 20 melhores na NBA estava a ganhar 28 milhões por ano. Em vez disso, estou a lutar, a viajar pelo mundo e a fazer muito menos. Podia ficar em casa, depositar cheques durante 12 anos. Se fores o oitavo melhor jogador dos Bulls fazes muito mais dinheiro do que o número 8 do mundo no ténis”, garantiu.
Sobre a nova geração do ténis norte-americano, Opelka desfez-se em elogios aos miúdos que estão a aparecer. “Os mais novos são melhores do que nós. Korda é um jogador incrível, Brooksby é brutal. Ele vai ser um grande tipo de segundas semanas. Nakashima bate na bola de forma pura. Os mais novos vão ser os jogadores a bater no ponto de vista americano. Eu investiria no Brooksby. É especial e pode ser o número um. A mente dele trabalha muito diferente. Tem o plano de jogo, vê tudo tão bem e é cheio de truques. Atrás da linha de fundo faz-me lembrar Djokovic. Tem o fator x que o pode fazer um futuro campeão do Grand Slam”, destacou.