Medvedev desabafa: «Não espero nada de mim próprio»
Apesar de Daniil Medvedev parecer ter reencontrado o seu melhor nível de ténis há apenas alguns dias no ATP Pequim 2025, o jogador russo protagonizou um episódio bastante curioso na despedida do torneio. Com dificuldade até para andar devido a cãibras, o atual número 18 do ranking mundial foi obrigado a retirar-se da sua meia-final frente a Learner Tien (36º). Agora, tem uma nova oportunidade no ATP Xangai 2025.
Daniil Medvedev já demonstrou em mais do que uma ocasião o quão bem se adapta aos courts da digressão asiática, especialmente no ATP Xangai, um torneio que conquistou em 2019. Embora seja verdade que o russo continua com a grande meta pendente de voltar a vencer num local onde já ergueu o troféu, este Masters 1000 asiático surge como uma excelente oportunidade para Medvedev.
ADMITE ESTAR LONGE DO SEU MELHOR NÍVEL
“Ainda estou longe de onde quero estar. Não em termos de ténis, mas sim no aspeto da confiança, porque é preciso jogar muitos torneios, um nunca é suficiente.”
ATP DE PEQUIM
“O ATP Pequim 2025 foi fantástico, ganhei três encontros muito importantes contra grandes adversários. Estive perto de vencer o Learner num jogo muito complicado. Estou feliz pela forma como consegui virar o encontro depois de um mau início. Não pôde ser, mas são coisas que acontecem. Tenho muita vontade de continuar a construir no torneio de Xangai.”
EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO A ELE MESMO
“Não espero nada de mim próprio. Quero tentar jogar um bom ténis, como consegui em Hangzhou e em Pequim. Preciso de avançar passo a passo para voltar onde quero estar. Adoro a China como país, sinto-me bem aqui, e isso pode ajudar-me a jogar um bom ténis”.
“Precisava de experimentar algo novo. O meu ténis não precisa de muito. Quando me separei do Gilles (Cervara), não toquei na raqueta durante duas semanas depois do US Open. No dia em que voltei a jogar, tive o melhor nível da temporada, um ténis com o qual perderia contra muito pouca gente. Isso deu-me confiança, só tinha de encontrar a forma de o transferir para os encontros”.
“Foi difícil mudar de treinador. Trabalhei com o Gilles durante dez anos maravilhosos. Tentámos tudo, mas algo deixou de funcionar. Não foi uma decisão fácil, mas tenho quase 30 anos e decidir por mim próprio o caminho que quero seguir é algo positivo.”