Marat Safin envolvido em esquema de evasão fiscal
É o caso do momento e tem um tenista metido ao barulho: Marat Safin. Afastado dos courts há cerca de cinco anos, o ex-número um mundial está de regresso ao topo da atualidade com o seu alegado envolvimento no Swissleaks, a investigação que revelou esquemas de evasão fiscal na filial suíça do banco britânico HSBC, o segundo maior grupo bancário do mundo.
Safin surge na lista de clientes que, aconselhados pelo próprio banco, terão enviado dinheiro para contas na Suíça com o intuito de ocultar a dimensão das respetivas fortunas, contornando as autoridades fiscais. Entre 2006 e 2007, o vencedor de dois títulos do Grand Slam terá detido três contas bancárias na filial de Genebra (HSBC Private Bank), no valor de 4,87 milhões de dólares (4,3 milhões de euros).
O antigo jogador de 35 anos, membro do parlamento russo desde 2001, reagiu às alegadas acusações dizendo que “não fazem qualquer sentido”. “Não fugi a qualquer tipo de imposto”, declarou Safin, conforme revela a agência Russia’s R-Sport.
Safin não é caso único no universo do desporto. Fernando Alonso, Michael Schumacher e Valentino Rossi fazem também parte da lista de 100 mil clientes do HSBC que terão beneficiado de proteção fiscal com o auxílio dos próprios funcionários do banco britânico e que fizeram com que a filial na Suíça movimentasse, apenas entre novembro de 2006 e março de 2007, mais 100 mil milhões de dólares (88,3 mil milhões de euros).
A investigação batizada de Swissleaks ou Lista Falciani – em referência ao nome do funcionário do banco que fez a denúncia – foi iniciada em 2008 e teve por base a análise de mais 60 mil ficheiros. Os documentos confidenciais que vieram a público no passado domingo e de onde consta o nome do carismático ex-jogador russo é fruto de uma investigação coordenada entre o jornal francês Le Monde e o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.