Maestrelli e Echargui na final do Porto Open Challenger
O italiano Francesco Maestrelli e o tunisino Moez Echargui são os finalistas da 27.ª edição do Eupago Porto Open, quinta consecutiva integrada no calendário do ATP Challenger Tour. Organizado pela Associação de Ténis do Porto com o apoio da Federação Portuguesa de Ténis, o torneio conclui-se às 11 horas deste domingo com a decisão de singulares.
Maestrelli, sexto cabeça de série da prova e 178.º ATP, tem dado música a toda a oposição e este sábado bateu o espanhol Alejandro Moro Canas (257.º), finalista da edição passada, por 6-4 e 6-4; Echargui percorreu o caminho oposto e vai estrear-se numa final do ATP Challenger depois de vencer o sexto duelo da semana, vindo da fase de qualificação, contra o ex-top 100 francês Hugo Grenier (192.º) com os parciais de 7-6(6) e 6-4.
Aos 22 anos, Maestrelli voltou a mostrar que o serviço é uma grande arma e disparou 10 ases e vários serviços sem resposta – salvou seis de sete break points criados por Moro Canas e, desses, cinco foram resgatados diretamente pelo serviço – para marcar presença na terceira final da temporada e sétima da carreira no ATP Challenger Tour. De olhos postos no quarto e maior título da carreira, o transalpino também procura o primeiro troféu em hard courts no circuito secundário.
“É uma sensação muito boa jogar a final aqui no Porto. Está a ser uma ótima semana, o meu nível tem subido de dia para dia e é excelente estar na final. Tenho confiança no meu jogo, mas não quero por pressão em mim, só quero dar o meu melhor amanhã”, explicou o transalpino, que até chegar à final só perdeu um set — e num encontro da primeira ronda em que o qualifier português Tiago Torres serviu para a vitória em dois.
Echargui é 10 anos mais velho do que o derradeiro adversário e para carimbar pela primeira vez o acesso a uma final deste nível voltou a mostrar toda a fibra de que é feito, desde a elevada solidez à capacidade física para se impor nos longos braços de ferro e inteligência para colocar a pancada certa no momento exato. Depois de 13 títulos ITF (todos na Tunísia) em 23 finais disputadas, marcará pela primeira vez presença numa final Challenger.
“Foi o meu sexto encontro desde que comecei no qualifying e o ambiente tem sido incrível. Sinto-me a jogar em casa. Tenho uma ligação com o público, com a cidade, com o país. Espero que amanhã consiga voltar a vencer”, admitiu Echargui. “Para mim é muito importante sentir-me bem-vindo e à vontade e aqui são todos muito simpáticos e acolhedores. O torneio é incrível, temos ótimas condições.”
Ambos os finalistas têm uma paixão especial pelo Porto e vivem dias dourados na cidade invicta. O italiano elegeu-a como destino para a primeira — e única, até ao momento — viagem romântica com a namorada, há dois anos. O tunisino visitou-a pela primeira vez no ano passado e de imediato decidiu que teria de aproveitar todas as oportunidades seguintes para regressar, tendo feito uma declaração de amor à localidade e ao público depois da vitória deste sábado.
“É uma cidade grande, mas ao mesmo tempo pequena. Consegues ver tudo facilmente, é uma ótima cidade e gosto muito de vir cá”, revelou Maestrelli antes de explicar o que o trouxe à invicta em primeiro lugar: “Vivo em Pisa e vi que havia um voo direto e barato até cá, por isso pesquisámos e ficámos muito agradados.”
Já Echargui, gosta de desligar do ténis quando sai dos clubes e ficou apaixonado com todos os passeios que consegue dar por cá: “Vou sempre dar uma volta com o meu treinador, é disso que mais gosto no circuito e o Porto é uma cidade incrível para passear. Quando a descobri disse logo que tinha de voltar. Também tem muitos restaurantes e gosto de experimentar comidas diferentes, por isso é perfeito.”
A final deste domingo, marcada para as 11 horas, assinalará o primeiro embate entre Francesco Maestrelli e Moez Echargui e dará a conhecer o sucessor de Altug Celikbilek (2021 e 2022), Luca Nardi (2023) e August Holmgren (2024), os campeões do Eupago Porto Open desde que o maior torneio da cidade invicta regressou ao calendário do ATP Challenger Tour.
O palmarés desta edição foi inaugurado com a vitória de George Goldhoff (EUA) e Ray Ho (Taiwan) na final de pares que encerrou a jornada de sábado.
Respetivamente 115.º e 86.º classificados na tabela mundial da especialidade, Goldhoff e Ho só tinham competido lado a lado numa ocasião e fecharam com chave de ouro a semana no Porto ao superarem os favoritos Nicolas Barrientos e Joran Vliegen, terceiros cabeças de série, por 6-4 e 6-4 em apenas 74 minutos.