Nick Kyrgios prepara-se para mais uma semana de ação no circuito ATP, depois de ter estado no torneio de Atlanta e de agora se preparar para a ação em Washington, numa prova da série 250. A conferência de imprensa de antevisão do torneio ficou marcada por vários temas bem diferentes, sendo que o australiano, como é bem característico, não teve papas na língua e abordou a questão da saúde mental, garantindo que ele próprio já passou muito mal e até comparou com… Naomi Osaka.
“Só joguei cinco torneios em dois anos, mas se vires as redes sociais há contas que publicam coisas sobre mim acada duas seamanas. Se sou tão mau para o desporto, por que é que me publicitam tanto? No fundo, sei que sou genial para o desporto, é preciso ter personalidades assim, ainda que no início da minha carreira tenha recebido uma grande quantidade de ódio, racismo e outras parvoíces de adeptos. Isso fez-me mais forte mentalmente. Passei por algo parecido da Naomi Osaka, agora que está na moda falar de saúde mental. Mas aquilo por que passei foi 20 vezes mais grave”, começou por afirmar.
Kyrgios falou num mesmo lado “obscuro” para o qual se esteve quase a ‘mudar’. “A diferença é que pessoas com ela têm boa imprensa, não recebem mensagens de ódio ou multas históricas. Este desporto esteve quase a levar-me para um lado obscuro, algo que aconteceu durante um tempo e foi mentalmente muito duro só com 18 anos. Um era um dos jogadores mais conhecidos da Austrália e um dos mais criticados pela comunicação social. Agora tenho 26 anos, sou suficientemente crescido para saber que tudo é uma m****. Foi difícil para o ténis abraçar uma personalidade como a minha”, rematou.