Feliciano López dispara: «Muitas vezes, não recebemos aquilo que damos ao país»
Nascido num país que viu singrar muitos dos seus desportistas mundialmente, Feliciano López revelou-se, em conversa com a Vanity Fair, algo angustiado pela forma acanhada como o seu país retribui a cortesia dos seus atletas.
“Tive a oportunidade de pagar impostos fora de Espanha mas optei por não fazê-lo, porque pensei sempre no meu país”, começou por dizer o espanhol de 36 anos, referindo-se, indiretamente, as muitos dos seus compatriotas que vivem em Andorra ou no Mónaco . “Porque é que não fiz isso? Podia ter poupado muito dinheiro em impostos, mas também teria perdido muitas coisas importantes; estar perto da minha família e viver no meu país. Não me compensava”.
Ainda assim, ‘Feli’ não critica quem optou por viver fora, já que não vê o país vizinho pagar na mesma moeda as escolhas patriotas dos jogadores, em particular Garbine Muguruza, criticada por ter rumado a Genebra, na Suíça. “Não percebo as críticas, cada um faz o que quer. Não devo nada à Espanha. Quase todo os dinheiro que ganhei trouxe para Espanha.
“Sinto que somos perseguidos fiscalmente. Sou a favor das pessoas que residem no exterior porque os impostos na Espanha são muito altos e, muitas vezes, não recebemos aquilo que damos ao nosso país. Os atletas espanhóis não têm o retorno que merecem”, concluiu.