Feliciano López concorda com Federer: «É o momento de unir forças»
O antigo número 12 mundial Feliciano López falou, em exclusivo, com a Eurosport onde abordou temas como a interrupção dos circuitos profissionais e a proposta de Federer de que os dois organismos ATP e WTA funcionassem como um só.
“Bem, eu penso que está muita coisa a acontecer neste momento. Eu acho que é verdade, este é o momento de unir forças e de estarmos todos juntos. Estou de acordo. Acho que esse é o maior objetivo do Andrea Gaudenzi. Quando ele assumiu a presidência ele disse que o principal objetivo dele era estarmos todos juntos (num único organismo): ITF, Grand Slams, tenistas, torneios, WTA, ATP. Eu acho que esse é o principal objetivo no mundo do ténis atualmente”, disse à EuroSport.
Feliciano López falou ainda do que estão à espera neste momento no circuito:
“Estamos a aguardar que o US Open tome uma decisão. Quanto a Madrid, temos uma pequena hipótese de jogar o torneio em setembro, se for possível, claro. Se a situação melhorar em Espanha talvez tenhamos oportunidade de fazer isto porque, como sabem, o torneio de Roland Garros é suposto ser jogado em setembro. Eles querem que haja alguns torneios antes da prova. É suposto que os masters 1000 de Madrid e Roma se joguem antes disso (Roland Garros). A situação é muito diferente porque, por agora, não podemos fazer muitos planos. É o dia a dia. E temos que ser muito pacientes. Não há nada que possamos fazer. Não estou muito otimista. Disse ao Boris (Becker) que é preciso que o mundo se abra novamente. Não estou a ver o regresso do circuito”, afirmou.
Feliciano López não está otimista e, para si, se o regresso não acontecer daqui a dois ou três meses, é provável que não haja mais ténis este ano:
“Acho que o circuito vai voltar quando o mundo estiver aberto, isto é, quando todos possam viajar livremente por todo o mundo. Por exemplo se em setembro eu, sendo espanhol, não conseguir viajar para a América ou se for vou ter que ficar de quarentena assim que lá chegar. Não é justo que alguns tenistas tenham a oportunidade de competir e outros não o possam fazer. Esta é a chave. Não vejo o circuito a retomar a atividade se não o fizer dentro de dois ou três meses”, revela.