Estes são os 8 momentos mais emotivos de 2015
Muito do resultado com que se sai do court depende da forma como se consegue gerir as emoções em momentos de elevada tensão, isso é ponto assente, mas o que é igualmente inegável é que é quando os jogadores libertam as amarras ao que lhes fervilha no interior nos grandes momentos que o ténis ganha outro fascínio.
E se 2015 foi farto em momentos dificilmente esquecíveis…
8. Da mais inesperada vitória do ano à melhor entrevista de sempre
“Este é o melhor momento da minha vida”. Roberta Vinci fez questão de o verbalizar, mas escusadamente, diga-se, porque todos os sorrisos, todos os olhares e gestos que se seguiram ao incrível half-volley com que consumou o triunfo diante Serena Williams diziam-no, em alto e bom som. A italiana de 32 anos chegou a Nova Iorque como apenas mais uma jogadora e, duas semanas depois, deixou a cidade que nunca dorme com a maior vitória da carreira conquistada, o melhor resultado de sempre atingido e, graças a uma entrevista em court memorável, de tão despretensiosa e genuína que foi, mais acarinhada do que nunca.
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7. Nem nos melhores sonhos de Bencic
Se, para a grande maioria de nós, a segunda semana de agosto foi nada mais do que igual a tantas outras, para Belinda Bencic foi nada menos do que inesquecível. Com apenas 18 anos, a suíça revelou-se a mais crescida das jogadoras ao bater, de uma assentada, Bouchard, Wozniacki, Lisicki, Ivanovic, Serena e Halep para conquistar em Toronto o segundo título da carreira. Façanhas que nos vão redobrando a determinação com que carregamos no teclado quando escrevemos frases como “uma das mais promissoras jogadoras”.
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6. O que é nacional é bom
A garra de João Sousa, a magia de Gastão Elias, a maturidade de Rui Machado e a combatividade de Frederico Silva tinham já brilhado no acolhedor Clube de Ténis de Viana do Castelo em julho, mas foi em setembro que os quatro magníficos conquistaram o triunfo decisivo por 3-2 diante da Bielorrússia, que colocou novamente Portugal no Grupo I da zona Europa/África da Taça Davis. Com casa cheia e um ambiente arrebatador, o CT Viana revelou-se o melhor dos anfitriães numa festa que se vestiu com as cores nacionais.
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5. O adeus de um campeão
Em 2001, o puto reguila de boné virado para trás deixava de queixo caído a comunidade tenística ao desafiar desrespeitosa e destemidamente o todo poderoso Pete Sampras em pleno Arthur Ashe Stadium, para conquistar o seu primeiro título do Grand Slam; catorze anos depois, o punho cerrado que acompanhava os sonoros c’amons deu lugar a um sentido aceno de despedida. Um “até sempre, US Open!” de Lleyton Hewitt que nos faz querer recuar no tempo.
4. Arrivederci, Flavia Pennetta
A verdadeira história da Gata Borralheira dos tempos modernos: com um final meio-feliz, porque a felicidade plena já nem na ficção se usa. Flavia Pennetta chegou ao US Open preparada para deixar Nova Iorque a qualquer altura, depois de ter ponderado não disputar a prova, mas tanto ganhou durante duas semanas que a derrota deixou de ser opção na mais improvável das finais. Mandou a raquete ao ar, deu um apertado abraço a Roberta Vinci, festejou com a sua equipa, mas o momento mais emotivo chegou na hora do discurso: “há um mês tomei a decisão mais difícil da minha vida… é desta forma que eu quero dizer adeus ao ténis”. Prémio para quem conseguir ver o vídeo sem ficar com os olhos marejados de água.
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3. Andy Murray e o seu triunfo mais emotivo
Não é só um dos pontos do ano e um dos grandes triunfos da temporada, é, sobretudo, uma das mais arrepiantes celebrações de 2015 e um dos mais bonitos resultados conquistados pela dedicação que lhe foi prestada. O desejo de Andy Murray em levantar a saladeira ficou demonstrado em cada um dos encontros disputados, em cada uma das 11 vitórias durante o ano (e 0 derrotas), em cada uma das pancadas daquela final. No fim, veio a confirmação do que a reação pós-match point nos disse: “é o meu triunfo mais emotivo”.
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2. Sem ressentimentos
Final de Roland Garros. Este foi o momento em que Novak Djokovic não só nos provou que é realmente humano como fez o favor de nos lembrar de que os homens também choram e, imagine-se, pelas melhores razões. Depois de duas finais perdidas na terra prometida diante de Rafael Nadal, o sérvio, que deixara o rei do pó de tijolo para trás nos ‘quartos’, parecia ter tudo para atingir o seu grande objetivo da temporada – vencer o único Grand Slam que lhe falta no palmarés -, mas a pressão falou mais alto. E se a forma que encontrou para se desculpar a si próprio foi transformar 2015 na sua melhor temporada de sempre, a longa ovação que recebeu no centro do Philippe Chatrier demonstrou, desde logo, que por parte dos seus fãs não havia qualquer espécie de ressentimentos. Apenas e só respeito pelo indiscutível melhor jogador da atualidade. Bonito e arrepiante:
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1. O melhor de tudo
Porque as histórias mais bonitas não têm, obrigatoriamente, de começar da melhor maneira, e os heróis não o são sem passarem por um sem fim de provações, João Sousa virou de pantanas a final de Valência para, no final, levantar o segundo troféu ATP da carreira. Enquanto o guerreiro vimaranense se deixava cair no chão após o match point, por cá crescia o já desmedido orgulho em partilharmos o país e a língua com alguém que tem a coragem de desbravar caminhos tão sinuosos como os que ele recusa temer. Quando é que isto vai deixar de nos arrepiar? Provavelmente nunca.
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