Djokovic quer mudanças na Taça Davis e arrasa ITF: «A única coisa que mudaram na prova… ninguém concorda!»
Novak Djokovic fechou esta quinta-feira a sua participação na fase de grupos das ATP World Tour Finals com uma terceira vitória em três encontros, mas no final o principal tema da sua conferência de imprensa foi… a Taça Davis e as mudanças que o sérvio de 29 anos considera que a prova necessita de forma a atrair mais jogadores de topo.
“Há oito anos que digo isto. Este formato não resulta para os jogadores de topo. Três dias, com encontros à melhor de cinco sets em dias seguidos, em cidades diferentes e logo a seguir a torneios do Grand Slam e às ATP Finals. A prova está a perder importância e é lamentável, porque é a única prova de seleções que temos”, confessou.
O sérvio explicou a sua ideia para a prova. “Para mim, a prova deveria disputar-se apenas uma vez por ano, uma ou duas semanas, com uma fase de grupos, com grupos espalhados por várias cidades, e depois uma segunda fase a eliminar já com as seleções todas juntas, numa das cidades”.
Djokovic lembra que a única coisa que a ITF decidiu mudar na prova… era a que os jogadores menos criam. “Pelo que sei, a única coisa que foi mudada foi passar a final para terreno neutro, o que encontre todos os jogadores do Conselho de Jogadores, ninguém concorda! Tirar a Davis da atmosfera dos países e desse público é o caminho errado”.
O número dois mundial, que é também o presidente do Conselho de Jogadores do ATP, vai ainda mais longe nas críticas à ITF. “Eles não costumam ajudar e ser muito recetivos àquilo que pedimos. Alguma coisa tem de mudar, senão a Taça Davis vai perder valor desportivo e comercial. Os adeptos não percebem nada do sistema de competição e como é que cada seleção chega à final. É muito complicado.”