Del Potro: «Hoje voltei a chorar como quando fui operado ao pulso, mas de felicidade»
A história de Juan Martin Del Potro já era incrível antes de viajar para o Rio de Janeiro, ao renascer para ténis depois de ter estado à beira de arrumar para sempre as raquetes, mas esta madrugada, o argentino escreveu o mais inesperado e incrível capítulo da sua carreira.
A Torre de Tandil agigantou-se como nunca para derrotar o grande favorito à medalha de ouro destes Jogos Olímpicos, Novak Djokovic, na primeira ronda. No final, não conseguiu segurar as lágrimas. “Hoje, voltei a chorar tanto como quando tive de ser operado ao pulso, mas agora o choro foi de felicidade”, disse o jogador de 27 anos após o triunfo.
“Não esperava bater o Novak esta noite. Foi uma noite incrível para mim. Senti que voltei a jogar o melhor ténis. Quero agradecer a todos, estou a fazer um esforço muito grande para voltar ao meu nível”, revelou um emocionado Del Potro.
O antigo número quatro mundial volta a repetir a façanha de 2012, quando bateu o atual número um mundial para conquistar a medalha de prata. “O impossível não existe. Enfrentar o número 1 do mundo é especial e fui agarrando a confiança com a minha direita, e com o serviço também. No tie break arrisquei e dei-me bem. As pessoas já se tinham esquecido o quanto batia forte com a direita e quando viram o jogo equilibrado, o público dividiu-se”.
Segue-se na segunda ronda o “nosso” João Sousa. “As dores continuam. Se virem as estatísticas percebem que não bati um winner de esquerda, mas vou tentar recuperar. É um momento espetacular que aprecia impossível depois da minha lesão”, rejubilou Del Potro.