Casper Ruud após vitória sobre Fucsovics: «Uma bicicleta não é algo que esqueças facilmente. Foi bom ter a minha vingança»
ESTORIL, Portugal. O campeão em título, Casper Ruud, somou esta Sexta-Feira mais uma vitória nos courts do Millennium Estoril Open, ao derrotar nos quartos-de-final Marton Fucsovics.
Após a vitória, Casper falou aos jornalistas e referiu a importância da vitória, não só pela história entre Ruud e Fucsovics, mas também para a preparação para as meias-finais: “Uma bicicleta (resultado 6-0 6-0) não é algo que esqueças facilmente. E é engraçado que alguns meses mais tarde, treinámos juntos e perdi outra vez 6-0, por isso foram três sets seguidos que perdi 6-0 frente a ele. Foi bom ter a minha vingança, mas já vi e senti o Marton jogar melhor. Sabia que ele era um jogador de topo, mas também talvez hoje ele não estivesse a 100% fisicamente, o que é difícil e infeliz para ele, mas para mim é melhor passar em parciais diretos e não estar três horas em court, para ter mais tempo e energia para amanhã”
Nas meias-finais, Ruud vai enfrentar Pedro Martinez: “É um jogo de cada vez. Tive duas vitórias e espero conseguir uma terceira amanhã. Vou dar tudo, estarei de volta ao court daqui a umas horas, mas vai ser um jogo difícil frente ao Pedro [Martinez]. Ele é um grande jogador e lutador, jogámos uma final em Kitzbuhel, foram três sets duros por isso tenho de me preparar para um jogo difícil”
Para além da performance no Estoril, Casper Ruud comentou tambem algumas mudanças que fez ao seu jogo no último ano que podem ter ajudado: “O meu serviço não é a minha pancada mais forte, mas tenho um movimento rápido que torna o servico difícil de ler. Se servir bem o primeiro serviço, sinto que ganho alguns pontos de graça porque consigo perturbar o adversário com esse movimento rápido. Mas também é o meu pior inimigo porque quando é muito rápido tenho dificuldade em conseguir o primeiro serviço. Fiz alguns ajustes na pré-época, ao tentar desacelarar um pouco o início do serviço, ter um passo atrás mais longo e profundo antes de me inclinar, e acho que está a funcionar bem este ano”
Ruud comparou ainda a evolução desde o ano passado quando ganhou o Estoril Open: “Acho que estou a jogar melhor este ano, pelo menos é o que sinto e isso é o mais importante. É difícil comparar ano após ano, às vezes sentes que não estás a jogar o teu melhor ténis e fazes um bom resultado, e outras vezes sentes que estás a jogar muito bem e os resultados não aparecem. O ténis é um desporto esquisito nesse aspeto, e por isso é que tens de levar todas as semanas a sério. No ano passado tive várias derrotas desapontantes, mas acho que aprendi muito com isso e sinto-me um melhor jogador este ano, tanto mentalmente como fisicamente”