Casas de apostas ‘ajudam’ tenistas a voltar ao court em tempos de crise
A relação entre o ténis e o mercado das apostas desportivas não tem sido muito fácil, especialmente pelo multiplicar de tenistas que, ao longo dos últimos anos, têm sido suspensos e banidos pelo facto de se ‘venderem’ ao lado errado da força. Em muitos torneios de escalões inferiores, o dinheiro movimentado pelas apostas é muito superior ao que está em discussão pelos tenistas em prova, o que tem gerado desconforto entre as entidades oficiais, abrindo mesmo o debate sobre se os Futures devem deixar de ter live scores para evitar as apostas ‘ao minuto’.
Mas agora, numa fase em que os circuitos profissionais e oficiais pararam por completo, foram estas mesmas casas de apostas, sedentas de ‘matéria prima’ para voltarem a alimentar os seus sites, que se chegaram à frente para ajudar os jogadores, ainda que de forma indireta.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a Topnotch Management e a Genius Sports juntaram-se para criar uma competição de seis semanas, com diversos jogadores norte-americanos, e procuraram financiamento nas casas de apostas. Outros torneios de exibição na Europa (Áustria, Alemanha e Itália, por exemplo) têm como patrocínio principal casas de apostas e, em Portugal, também será uma casa de apostas o principal sponsor do circuito sénior da Federação Portuguesa de Ténis, que arranca na segunda-feira em Vale do Lobo com a presença de João Sousa.
Ainda assim, os tenistas foram atempadamente avisados pela Unidade para a Integridade do Ténis sobre os perigos destes eventos. A combinação de resultados em eventos de exibição é punida com a mesma gravidade de torneios ATP, WTA ou ITF. Todo o cuidado é pouco…