Brady confessa-se: «Jogava ténis porque não tinha mais nada para fazer»
Aos 25 anos, Jennifer Brady está final do Australian Open. A norte-americana vai lutar, pela primeira vez, por um título do Grand Slam, algo impensável para a própria se recuarmos aos tempos em que jogava no circuito juvenil. É que Brady confessa que só levou o ténis a sério quando entrou na faculdade em UCLA, uma decisão que até podia servir de… fuga à modalidade.
“Eu jogava ténis porque não tinha mais nada para fazer. Só sabia ir treinar cinco horas por dia, acordar, fazer isso tudo outra vez. Nesse lado, não apreciava a modalidade. E também não tive grande sucesso nos juniores, não estava a ganhar muitos encontros e isso tirava-me confiança. Outras depois seguiam para ganhar torneios Challenger e eu nem passava das primeiras e segundas rondas do qualifying. Foi muito difícil para mim. Pensei que se calhar não estava feita para este desporto. Pensei que não era boa o suficiente. Então fui para a faculdade quatro anos para tentar arranjar um emprego a sério”, confessou.
No entanto, o momento de Brady está aí. A 24.ª WTA nem queria acreditar quando bateu Karolina Muchova, mas tremeu muito até lá. “Demorou bastante mais tempo do que esperava! Estava tão nervosa. Não sentia as minhas pernas, tinha os braços a tremar. Esperava só que ela falhasse e não falhava, estava a ser mais agressiva. Depois teve de ser a lutar, ponto a ponto, e eventualmente fechei”, apontou.
Segue-se Naomi Osaka na final. Uma jogadora que conhece bem, mas que merece enorme respeito. “Crescemos a jogar juntas em torneios de juniores na Florida. Ela e a irmã jogavam eventos da Super Series e torneios da USTA. Lembro-me de a defrontar num torneio que era como um Challenger mas de um nível mais baixo. Estava a entrar no top 200, penso. Fiquei ‘Wow, ela bate muito forte na bola, vai ser muito boa’. Vi logo que tinha algo especial”, comentou.