Atmane e a semana de uma vida em Cincinnati: «Queria ser como o Cristiano Ronaldo»
Terence Atmane está a ser a grande revelação deste ATP 1000 de Cincinnati e a verdade é que já está nos quartos de final, depois de eliminar Taylor Fritz, naquela que foi a sua maior vitória da carreira, algo que o deixou em lágrimas.
O tenista francês, que já garantiu a sua entrada no top 100 mundial pela primeira vez, explicou ao Tennis Channel aquilo em que pensou quando se emocionou em court, falou do nível do circuito Challenger e revelou o desejo em ser… Cristiano Ronaldo. E tudo por causa do penteado.
O QUE PENSOU QUANDO SE EMOCIONOU
Que já estou no top-100, sem dúvidas. Era isso que procurava… suponho que seja o efeito do meu novo penteado, com os caracóis, queria ser um pouco como o Cristiano Ronaldo (risos). Sou uma pessoa que deixa fluir muito as suas emoções e, sim, hoje mostrei-as completamente. Estou muito feliz com a forma como tudo corre e tenho imensa vontade de jogar os quartos de final.
VITÓRIAS CONTRA COBOLLI, FONSECA E FRITZ: QUAL O SEGREDO?
A chave é o trabalho: trabalho, trabalho e mais trabalho. Não há qualquer segredo. Estou a fazer um grande trabalho com os meus treinadores, são pessoas com muita energia positiva e muito trabalhadoras, e estou a construir algo fantástico à minha volta. Não há segredos, a sério: estou a tentar ter hábitos mais saudáveis fora do court e também ser mais feliz, porque passei por momentos muito duros depois de Roland Garros.
NÍVEL DOS CHALLENGERS
Se te sou sincero, há pouco tempo vi uma entrevista do Tallon Griekspoor em que ele dizia que o nível no circuito Challenger é altíssimo: cada jogo é uma final. Concordo totalmente com ele. Tive batalhas duríssimas nos Challengers, e se olhares para os tenistas que venci para conquistar esses títulos, há nomes como Brandon Holt, Tristan Schoolkate, Adam Walton… até nomes com menos ranking, como James McCabe ou Sho Shimabukuro. São jogadores que talvez o público não conheça, mas que são muito bons: num jogo, podem perfeitamente ganhar a um top-50. O nível é altíssimo e não falamos disso o suficiente. Eu venho do circuito Challenger, e se me vires nesses torneios, podes perceber do que sou capaz. Toda a gente tem muita fome, toda a gente quer ganhar.
DIFERENÇAS ENTRE ATP E CHALLENGERS
A principal diferença que encontro entre os Challengers e a ATP está no nível de intensidade mental que os melhores conseguem manter ao longo de todo o jogo. Nunca baixa. Foi isso que procurei fazer durante toda a semana: não oferecer pontos de graça, não baixar mentalmente porque quando o fazes, destroem-te. Isso foi o mais difícil: fisicamente estou preparado para tudo, não acho que haja grande diferença física entre o nº 50 e o nº 150 do mundo, na minha opinião. Quando olho para os tenistas que venci, como o Cobolli, tento aprender com eles: porque é que são top-10, top-20… e eu sou o nº 136. O que é que fazem melhor do que eu? No fim de contas, trata-se de aprender com isso, continuar a aprender e ser muito regular.
Leia também:
- — Sinner alcança impressionante marca que só o Big Three conseguiu em Masters 1000
- — Sabalenka satisfeita: «Tudo está a desenvolver-se na direção certa»
- — Alcaraz despacha amigo Nardi e regressa aos ‘quartos’ em Cincinnati