Argentinos escaldados de courts rápidos têm medo
A Argentina não está para brincadeiras. Primeiro limpou caminho até alcançar a tão desejada final da Taça Davis e, uma vez lá chegada, recusa-se a ser alvo de qualquer tentativa de concorrência desleal. Daniel Orsanic, capitão da seleção sul-americana, quer que a Federação Internacional de Ténis (ITF) controle a velocidade do court onde vai disputar a final com a Croácia, em Zagreb.
“Queremos que a ITF teste a velocidade do court com tempo, porque acreditamos que merecemos jogar uma final num court que está dentro das regras”, disse Orsanic ao jornal online argentino La Nacion. “Para nós não importa que depois o país anfitrião seja penalizado. A ITF tem de fazer a sua parte, fazer o seu trabalho para que possamos jogar em condições regulamentadas. Que tomem as medidas que quiserem, mas o court tem de ter a velocidade legal”, alertou.
A cautela dos argentinos surge depois da arrelia por que passaram na primeira ronda do Grupo Mundial, jogada em março deste ano, e que os levou a apresentarem uma queixa à ITF contra a seleção polaca. Tudo porque a Polónia montou um court ultra rápido (rebound ace, o piso rápido que foi utilizado no Australian Open até 2007), que não anda longe de exceder os limites de velocidade permitidos pela ITF.
A selção de Juan Martin Del Potro vai tentar conquistar pela primeira vez a saladeira, depois de quatro finais perdidas. Para isso precisa de bater a Croácia de Marin Cilic entre 25 e 27 de novembro, em Zagreb.