Andy Murray: «Preciso de começar a ganhar mais para poder chamar-lhe uma grande rivalidade»
Depois do ano passado ter conquistado o título frente a Rafael Nadal, este ano Andy Murray não conseguiu revalidar o título do Mutua Madrid Open, após um embate de mais de duas horas frente ao número um mundial, Novak Djokovic.
Em conferência de imprensa após o encontro o escocês confessou ter lutado muito, mas mostrou-se desiludido por ter falhado em alguns momentos importantes: “Acho que lutei muito hoje. Sim, estou desiludido porque desde os 2-2 até aos 4-2, 5-2, eu estava a fazê-lo trabalhar por isso no segundo set, e depois no início e no fim do terceiro set. Depois houve aquela altura, no jogo em que fui quebrado, em que fiz três erros não forçados. Isso é desapontante. E depois no último jogo, nem sei quantas oportunidades de break tive, mas devem ter sido umas seis ou sete. Ambos fomos muito clínicos nos break points até ao último jogo, no meu caso. E é por isso que ele é o número um. Ele lutou muito nesse jogo e serviu bem quando estava nervoso. No final ele teve uns grandes serviços e conseguiu uns pontos grátis.”
Enquanto alguns já lhe chamam a grande rivalidade do momento, para Andy Murray esse não é bem o caso: “Acho que preciso de começar a ganhar mais encontros para poder chamar-lhe uma grande rivalidade. Até aos últimos anos foi sempre muito renhido. Jogamos algumas vezes nos Grand Slams. Consegui vencer alguns dos encontros contra ele, mas perdi alguns muito duros, principalmente na Austrália. Mas, sim, temos estado no topo há muito tempo. Espero poder continuar aí por mais tempo. Alguns tenistas estão a jogar já perto dos quarenta. Não sei que vou conseguir fazer isso, mas espero ainda ter alguns bons anos pela frente.”
Andy Murray revelou também a razão porque tem, desde o ano anterior, estado a obter melhores resultados em terra batida: “Acho que estou definitivamente a mexer-me melhor. E isso faz uma grande diferença. Como eu disse, nas outras superfícies a movimentação é uma enorme força minha, uma parte muito importante do meu jogo, e durante muitos anos não me consegui mexer bem em terra. Era um obstáculo, e isso deixa-nos desconfortável. Se tirassem o serviço ao Ivo Karlovic, ele sentir-se-ia desconfortável ao ir para o court. Para mim, era tirar a minha movimentação….Quando tive problemas nas costas era difícil para mim entrar em court, enquanto agora o meu corpo está muito bem. Sinto que me movimento muito melhor. Por isso não vou para o court nervoso ou apreensivo. Acredito que agora posso jogar bem em terra.”