A fantástica e emocionante carta de um fã para Del Potro
A dúvida continua sobre a data do regresso de Juan Martin Del Potro. O argentino, que jogou apenas dois torneios nos últimos 22 meses – Sydney e Miami em 2015 – está a recuperar de uma terceira operação ao pulso esquerdo, mas os últimos sinais são positivos, com a antigo bicampeão do extinto Portugal Open a confessar que já bater a esquerda a duas mãos quase em plena força.
Enquanto não confirma a sua participação no Australian Open, que só poderá acontecer por via de um convite da organização, os seus fãs vão torcendo para que o regresso seja rápido… e definitivo. Alberto Matallana, um fã da Torre de Tandil, escreveu uma carta para o site Match Tennis que decidimos traduzir por acharmos que representa o sentimento de grande parte dos fãs de ténis.
“Por favor, que jogue o Open da Austrália. Por favor, que seja o seu regresso definitivo. Por favor, que não se volte a ir embora. Por favor, que nos apaixone outra vez com o seu ténis. Por favor, que os seus pulsos o deixem em paz de uma vez por todas e que os seus rivais voltem a sofrer com o seu serviço, a sua direita e luta incansável.
Roger Federer chegou a dizer que se Juan Martín não se tivesse lesionado, os membros do big-4 teriam bastante menos Grand Slam do que os que agora têm, que era um jogador diferente, mas muito bom.
Quando tinha tudo, chegaram as lesões. Mas não uma lesão qualquer, uma que leva vários anos a impedi-lo de jogar ténis, apesar das várias operações. O seu compromisso é irrepreensível. Esteve perto de desistir, não queria sofrer mais. Voltava a jogar, voltava a doer. Sem parar, horas e horas de treinos, reabilitações, com muita paciência e sacrifício pessoal, vê a luz ao fundo do túnel. A mim dá-me medo porque joga com os sentimentos e as ilusões de todos os que o querem voltar a ver jogar, mas não lhe resta outra coisa que não experimentar.
Peço que volte a disputar o reinado com o big-4, porque se nada disto se tivesse passado ele tê-lo-ia feito. Mas, por favor, que volte a jogar, que não lhe doa, que desfrute e, se for possível, que ganhe.
São muitos favores, mas na realidade é somente um: que não lhe doa o pulso. Ele fará o resto.”