A ambição de Cobolli após brilhar na Taça Davis: «O meu objetivo é claro, quero entrar no top 10»
Flavio Cobolli terminou a temporada em grande ao ser uma das figuras da conquista da Itália na Taça Davis com vitórias épicas em exibições impressionantes.
Foi um dos momentos mais marcantes da carreira para o italiano e, em entrevista ao Corriero Della Cera, relembrou essa conquista mas também se mostrou cheio de ambição para o futuro.
MOMENTO QUE JAMAIS VAI ESQUECER
Nunca tinha sentido uma emoção tão grande: um estádio inteiro a gritar o meu nome. Diverti-me, mesmo quando tive de recuperar um set contra o Munar, estava a aprender. Percebi que, como diz o Volandri, na Taça Davis nem sempre se ganha com campeões. O Alcaraz não venceu em Málaga, este ano o Zverev perdeu nas meias-finais. Percebi que é preciso um apego especial à camisola e uma vontade de vencer que vai além das próprias qualidades.
AUSÊNCIA DE SINNER
O Jannik é fundamental em tudo o que faz mas em Bolonha, com o tempo, desenvolveu-se uma convicção muito forte. Nos treinos, não jogava bem, perdia sempre, mas essa sensação cresceu e fez-nos sentir a todos invencíveis. Todos deram o seu contributo. O Sonego não falhou uma única jogada, nem sequer para ir à casa de banho. O Bolelli e o Vavassori puxaram muito pela equipa, eu apoiei o Matteo e depois ele apoiou-me a mim. Todos fizeram a sua parte.
OBJETIVOS PARA A PRÓXIMA ÉPOCA
É um tema que vamos abordar durante a pré-época, depois das férias. Confio nas pessoas que me rodeiam, no meu pai, por isso dependo dele. O meu objetivo é claro: entrar no top 10. Não sei quando nem como, mas, sem dúvida, para acompanhar o ritmo do Jannik e dos outros, tenho de trabalhar nas minhas fraquezas. Tenho de melhorar o meu nível de jogo. Não sinto que tenha de ganhar sempre, mas para crescer tenho de jogar, ganhando e perdendo. Até agora, a minha carreira progrediu passo a passo, a crescer gradualmente, como eu gosto. Mesmo em competições por equipas, como a Taça Davis, mas também a United Cup e a Laver Cup. Primeiro competi como suplente e depois como jogador-chave. Fui a subir cada degrau sem perder o ritmo, de uma forma autêntica, quase ingénua. É assim que se constrói o caminho e, para mim, Bolonha será sempre um ponto de viragem fundamental.
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