O inquestionável amor à camisola de Roger Federer

Se lhe pedíssemos para perder cinco minutos do seu tempo a imaginar como será a casa de Roger Federer, o mais provável é que nos transportasse para um cenário altamente luxuoso, onde a piscina não faltaria, os courts de ténis abundariam e a sala dos troféus ofuscaria de tanto reluzir. Nada contra, porque será tudo isso e outras tantas coisas mais, mas o que talvez não lhe passasse pelas ideias é que o suíço tem um closet de fazer inveja à mais consumista e esbanjadora das fashionistas.

“Mas como é isso possível se as oportunidades que ele tem para vestir um par de calças de ganga são quase tantas quantas as que os seus adversários têm de sair do court com a vitória?” A pergunta é boa, mas a respostas é ainda melhor: porque o que Federer coleciona com a maior das estimas são os equipamentos que lhe passam pelo corpo temporada após temporada.

“Eu guardo três exemplares de cada equipamento. Sinto que tenho de os guardar, porque não quero olhar para trás e pensar ‘oh, quem me dera ter ficado com aquele equipamento’”.

Um erro que o recém-campeão do torneio do Dubai cometeu no passado, conforme explicou durante uma das conferências de imprensa concedidas nos Emirados Árabes Unidos, mas que não impede o vencedor de 17 Grand Slams e 84 títulos ATP de ter um guarda-roupa que concorre afincadamente em tamanho com os aposentos dos troféus.

“Eu tenho de cuidar deles. Perdi alguns dos que usei no início da minha carreira, porque não sabia que iria ter uma carreira. Eu usei muitos equipamentos diferentes, e tenho a sorte de poder mudar por completo de equipamento 10 ou 12 vezes por ano”.

Pois bem, aqui está o pretexto de que andávamos à espera para remexer sem qualquer tipo de recato e cerimónia nas gavetas do suíço (que é como quem diz nas entranhas do Google) e tirar de lá os melhores outfits com que o jogador que mais vezes vestiu os triunfos mais vistosos se pavoneou por esses courts fora.