Pat Cash acusa Roger Federer de fazer batota na final – Federer responde

Por - January 29, 2017

Mesmo tendo estado em grande no Open da Austrália, onde saiu invicto pela quinta vez na carreira depois de meio ano afastado dos courts, Roger Federer não agrada a todos e houve quem tivesse apontado defeitos à prestação do suíço. Em declarações dadas à “BBC Radio”, Pat Cash referiu que a pausa que o antigo número um do mundo fez antes de arrancar para a quinta partida não foi bonita, acusando-o de fazer batota para conseguir chegar à vitória.
Finalista do Open da Austrália em 1987 e 1988, Pat Cash é uma presença assídua em encontros de exibição dos veteranos em torneios do Grand Slam e continua a acompanhar a par e passo o desenrolar dos acontecimentos do ténis profissional. Assistir à final desta manhã esteve nos planos da antiga estrela de 51 anos, que não viu com bons olhos a pausa que Federer pediu para receber assistência médica no fim a quarta partida.
“Não podes parar uma maratona se estás cansado… nem consigo exprimir o mau que é isto não ter sido supervisionado ou alertado pela equipa médica no circuito todo”, disse Cash à “BBC Radio”, “está errado, errado, errado. É fazer batota e tem sido permitido. Ou seja, é uma batota legal, mas continua errado”.
Federer tinha já feito o mesmo frente a Stan Wawrinka – mesmo antes de começar um quinto set, o helvético pediu uma assistência médica e, em conferência de imprensa, frisou que é dos jogadores que menos recorre aos fisioterapeutas no court, e por isso as críticas não tinham qualquer fundamento. Desta vez, Cash também não ficou sem resposta:
“Acho que não devemos utilizar estas regras para abusar do sistema, e tenho dito isto há 20 anos, por isso acho que criticar isto é um exagero. Sou a última pessoa a pedir um medical timeout, por isso nem sei do que é que ele está a falar”, disse Federer.
De entre as muitas estatísticas impressionantes na carreira de Roger Federer, uma das mais notáveis, embora nem sempre evidente, é que o suíço nunca se retirou de um encontro.