Bencic, agora fora do top 100 e a precisar de jogar o 'qualy' em Roland Garros: «Às vezes penso que o universo me odeia»

Por admin - Abril 13, 2017

Conquistou o título de menina bonita do circuito em 2015, ao enfrentar destemidamente a forte concorrência por onde ia passando, tendo conquistado o torneio de Toronto à custa de vitórias sobre Caroline Wozniacki, Serena Williams, Ana Ivanovic e Simona Halep, mas a sorte de Belinda Bencic viria a mudar. As sucessivas lesões levaram-lhe o ritmo competitivo e a confiança, e a queda no ranking foi grande.

A antiga número sete mundial, atual 131.ª do ranking WTA, não foi além de duas vitórias no circuito principal esta temporada e em Roland Garros vai ter de passar pela fase de qualificação para poder chegar ao quadro principal. Ao site suíço watson.ch, a helvética de 20 anos, que disputou o ITF de Croissy-Beaubourg, França, há duas semanas, admitiu estes serem males necessários para poder voltar ao topo.

“Não me importo se sou 60 ou 80 mundial”, disse Bencic. “O objetivo é estar lá em cima. No entanto, não me ajuda estar a olhar para o ranking. As pessoas pensam logo que se desces muito estás acabada. Às vezes acho que o mundo me odeia”, disse, entre risos, a jogadora suíça, antes de analisar este início de 2017.

“A primeira semana com o Roger [Federer, na Hopman Cup] foi ótima. Mas fui-me abaixo depois. A auto-estima foi afetada, então tive que jogar torneios menores. Fico animada com cada encontro que me dá confiança para poder sair desta espiral negativa. Gosto de jogar torneios mais pequenos. Vou para os encontros para lutar mesmo quando perco com jogadoras a quem devia ganhar. É melhor do que entrar com um wildcard e depois ter a infelicidade de ter um quadro mau”, defende.


Não acredito no talento. Sou tudo menos talentosa.


Vista como a próxima grande jogadora depois de Martina Hingis, Bencic, que conta com as orientações da mãe da ex-número um regularmente, não gosta lhe atribuam o rótulo de talentosa. “Não acredito no talento. Sou tudo menos talentosa. Não tinha qualquer sensibilidade de bola. Tive que aprender tudo, tudo é possível com vontade, persistência e paixão”, concluiu.

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