Maria João Koehler: «A minha vida não vai mudar por ter perdido a final»

Por admin - Novembro 12, 2017
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Maria João Koehler, ex-número um portuguesa, falhou este domingo a conquista do seu sétimo título de campeã nacional absoluta. A hexacampeã foi derrotada na final pela jovem vimaranense Francisca Jorge, de 17 anos, e, em conferência de imprensa, admitiu não estar satisfeita com o nível que exibiu ao longo da semana.

“Ela jogou melhor do que eu. Durante a semana não me senti a jogar bom ténis. Tecnicamente muito atrapada. Desde a primeira ronda que estou convicta de que não consegui produzir o ténis que queria e sabia que se não jogasse bem hoje era extremamente difícil. Não tive um dia feliz, não joguei bem e ela mereceu ganhar porque jogou melhor do que eu”, começou por dizer Koehler, que durante a final chegou a pedir a presença do fisioterapeuta.

“Eu estou há uns dias com uma contratura no braço, mas não é nada de especial. É algo que me tem incomodado, mas não foi por isso que perdi o jogo”, sublinhou a portuense de 25 anos, que até à data do Campeonato Nacional Absoluto não sabia se ia jogar devido a problemas no joelho.

“Tendo em conta o que tem acontecido recentemente e por ter estado na dúvida até ao último momento, acho que, não tendo jogado bem, superei-me a nível mental. Sinceramente achava que não ia estar apta para jogar, nesse sentido. É um Campeonato Nacional, no meio de tantos outros. Acho que é pior perder na primeira ronda do que na final. A minha vida não vai mudar por ter perdido a final. Também não ia mudar se tivesse ganho”, explicou Maria João Koelher, que neste momento se encontra sem treinador.

“Estou sem uma equipa técnica desde sexta-feira. Decidi que só ia pensar nisso quando acabasse o torneio, apesar de ser difícil abstrair-me disso. Mas só agora é que vou pensar nisso. Vou tirar uns dias para descansar. Era para jogar mais uns torneios, mas achei que não fazia sentido, porque tenho que resolver a minha vida”, disse Koehler.

Na final, Maria João Koehler perdeu para Francisca Jorge pelos parciais de 7-6(2) e 6-2.

Fotografia: Jorge Cunha/AIFA