Taça Davis com o formato do Mundial de futebol? Sugestão de Novak Djokovic

Por admin - Março 31, 2015

E se a Taça Davis passasse e realizar-se nos mesmos moldes que o Mundial de Futebol? A sugestão foi lançada por Novak Djokovic esta segunda-feira, logo após garantir um lugar nos oitavos-de-final do Miami Open. O Sérvio diz estar descontente com o atual formato da competição por equipas, apelando à Federação Internacional de Ténis (ITF) para que tome medidas no sentido de tornar a prova mais apelativa, já que “o mais importante é que os jogadores de maior nível participem”.

Algo que não aconteceu na edição do ano passado, quando a Suíça conquistou a ‘Saladeira’, conforme relembrou o número um mundial. Roger Federer e Stanislas Wawrinka, os dois jogadores mais cotados da seleção helvétiva, estavam presentes, mas nas restantes equipas “não havia jogadores do top 10”.

“A Taça Davis é uma competição por equipas num desporto individual. Devíamos potenciar esta prova e organizá-la de uma forma mais adequada”.

Para o jogador dos Balcãs, a solução passaria por colocar a Taça Davis a disputar-se durante duas semanas, anualmente ou de dois em dois anos, em que, numa primeira fase, se distribuiria 16 seleções por quatro grupos. As quatro seleções vencedoras ficariam, então, apuradas para disputar uma final four.

Uma medida que viria acabar com as eliminatórias da maior competição de ténis por seleções em semanas imediatamente posteriores aos Grand Slams, como se verifica atualmente e que acabam por potenciar o “risco de lesões”.

Críticas à calendarização dos torneios

Djokovic aproveitou que estava “com a mão na massa” para tecer algumas considerações sobre a forma como os torneios estão distribuídos pela temporada, nomeadamente no que diz respeito aos quatro Majors. Segundo o líder da hierarquia ATP, o intervalo de tempo entre o Open da Austrália e Roland Garros (mais de quatro meses) “não faz sentido” quando comparado com o que existe entre o Grand Slam parisiense e Wimbledon (cerca de um mês).

A temporada ficaria mais equilibrada caso o Open da Austrália se passasse a disputar “um par de semanas mais tarde”, conforme referiu o sérvio, tendo, no entanto, consciência de que se trata de um assunto delicado: “o principal problema é que temos três organizações diferentes que são independentes. O ATP não pode fazer muito relativamente à Taça Davis e aos Grand Slams”.