O importante dilema que Roger Federer enfrentou… aos 14 anos

Por Nuno Chaves - Julho 23, 2018

Um jovem para concretizar o sonho de ser tenista profissional tem que trabalhar muito e, acima de tudo, tomar decisões que podem ser determinantes para o futuro. Roger Federer, apesar de ser considerado por muitos, o melhor jogador de todos os tempos, também teve que lutar e escolher caminhos, mesmo que implicasse sair do seu lar.

O suíço, numa conversa para o documentário Golpes de Génio, contou uma decisão que teve de tomar aos 14 anos: se ficava em Basileia com a família ou se ia para Ecublens integrar a equipa da federação suíça de ténis.

“Os meus pais perguntaram-me se eu queria ir para o Centro Nacional de Ténis e eu disse que não. Adorava estar em Basileia, tinha tudo o que precisava: treinador, rapazes para treinar, escola. Tudo era perfeito mas a Federação apareceu”, contou, explicando os pormenores.

“Mais tarde, tive uma entrevista para a Swiss Tennis Magazine e perguntaram-me se me imaginava a entrar na Federação, jogar lá e viver a tempo inteiro. Eu pensei que até podia. Os meus pais leram a peça e gostaram. Eles disseram-me que eu há seis meses tinha dito que não estava interessado, mas depois percebi que tinha mudado de ideias”, confessou o helvético.

“Analisei os prós e contras. Vi tudo e percebi que eram mais os pontos positivos. Se o meu sonho era ser jogador de ténis tinha que ir, mesmo que tivesse uma boa base em Basileia. Fui e foi muito bom. Em alguns momentos foi assustador porque tinha 14 anos e estava longe da família durante a semana. Lembro-me de chorar no comboio ao domingo, quando me ia embora de casa”, recordou Federer, que como o tempo provou, tomou a decisão correta.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.