João Sousa presta tributo aos jornalistas: «Trabalham arduamente por minha causa há muitos anos»

Por Susana Costa - Maio 6, 2018

Há os que se fazem campeões e os que, simplesmente, o são. E João Sousa, que este domingo conquistou no Estoril o título mais especial da sua carreira, demonstrou, depois de erguer o troféu no court, que tem, indiscutivelmente, coração de campeão.

Ao falar do incomparável apoio que recebeu da sua família, que não hesitou em incentivá-lo a ir à procura do seu sonho para Barcelona quando tinha 15 anos, o vimaranense de 29 anos aproveitou para prestar homenagem aos que, à sua maneira e de uma forma muito particular, o acompanham nos “nos momentos bons e nos menos bons”.

“Há pessoas nesta sala que me acompanham há muitíssimos anos, que sei que estão muito contentes por eu ter alcançado este título, e que é muito especial para eles”, referiu o número um português. “Queria deixar aqui um agradecimento a todas as pessoas que sei que trabalham arduamente por minha causa”.

O respeito do vimaranense pelo trabalho de quem vive diariamente com os olhos postos no que vai fazendo além fronteiras chega ao ponto de sentir a falta de um jornalista que, por motivos de força maior, é obrigado a faltar ao ‘trabalho’ no momento mais bonito da história do ténis nacional:  “Falta cá a Célia”.

“Nos momentos menos bons não são tão duros comigo, e é algo que se agradece muito. Há muitas pessoas neste sala que realmente têm trabalhado muito durante muitíssimo anos, e que têm ajudado o ténis português a evoluir”, sublinhou o campeão do dia, que não saiu da sala de imprensa sem registar o momento: “Vamos tirar uma foto todos juntos”. É para já, campeão.

 

Descobriu o que era isto das raquetes apenas na adolescência, mas a química foi tal que a paixão se mantém assolapada até hoje. Pelo meio ficou uma licenciatura em Jornalismo e um Secundário dignamente enriquecido com caderno cujas capas ostentavam recortes de jornais do Lleyton Hewitt. Entretanto, ganhou (algum) juízo, um inexplicável fascínio por esquerdas paralelas a duas mãos e um lugar no Bola Amarela. A escrever por aqui desde dezembro de 2013.