João Sousa: «Espero que as pessoas percebam o quão bonito é este desporto»

Por admin - Novembro 8, 2015

Nome maior do ténis nacional, João Sousa tem-se revelado o melhor e o mais empenhado dos embaixadores lusos num circuito onde tem vindo, teimosa e orgulhosamente, a cimentar um lugar entre a elite mundial que, de feito peito, faz continuamente por merecer.

E se é verdade que de tudo faz para levar o nome de Portugal um pouco pelos quatro cantos do mundo, mentira também não é que é no país a que chama seu que os seus triunfos têm mais expressão. Uma realidade que o vimaranense espera que dê frutos a longo prazo.

“Gosto de acreditar que tenho contribuído para a popularidade do ténis em Portugal”, disse o jogador de Guimarães em entrevista ao Diário de Notícias. “E que todos estes feitos são bons para a evolução do ténis em Portugal, e até de todos os desportos fora do futebol. Espero que as pessoas vejam o quão bonito é este desporto. E se interessem cada vez mais pelo ténis, claro”, acrescentou.

As fronteiras que tem derrubado são muitas e resistentes mas o caminho não o amedronta e acredita que o truque é percorrê-lo “passo a passo”. “O limite é o céu, como se costuma dizer. O mais importante é termos objetivos reais e lutar por esses objetivos, dentro e fora dos courts. Tenho mostrado que isso tem dado resultado ao longo da minha carreira”.

“Penso que eu e a minha equipa temos trabalhado bem nesse aspeto. Não gosto de pensar em limites ou metas irreais. O limite há-de ser quando perceber que o corpo não dá mais. Felizmente ainda sinto que tenho mais para evoluir”, continuou.

Troca de galhardetes com Novak Djokovic

Depois de Novak Djokovic ter dirigido palavras elogiosas ao número um nacional, numa entrevista concedida também ao Diário de Notícias, o campeão do ATP 250 de Valência aproveita para responder na mesma moeda. “São palavras muito bonitas, do melhor jogador do mundo, que me fazem reforçar a fé nas minhas qualidades. Fico muito feliz”.

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Os dois jogadores defrontaram-se em Roland Garros (2014) e no US Open (2013)

“No ano passado tive a felicidade de partilhar momentos com ele na pré-época que fizemos no Mónaco e tive a oportunidade de constatar que também é grande como pessoa, além do excelente profissional que conhecemos”, frisou o português de 26 anos.

Sobre a sua capacidade de luta e força mental, que o número um mundial destacou, o vimaranense diz concordar sobre ser um dos seus pontos fortes. “Tento sempre dar tudo em campo, lutar por cada ponto, dar o melhor de mim a cada disputa. Acredito que essa capacidade mental é um dos aspetos fortes do meu jogo”, concluiu.