Treinador de Roger Federer acredita que o suíço ainda irá jogar Roland Garros no futuro

Por admin - Maio 17, 2017

Roger Federer confirmou que, pela primeira vez em 19 anos, não vai disputar nenhum torneio em terra batida depois de abdicar de participar em Roland Garros. Ora, uma notícia como esta e logo num ano em que suíço está de novo no topo do ténis mundial, produziu inúmeras reações por todo o universo do ténis. Uma das mais avalizadas será, naturalmente, a do seu treinador de longa data Severin Luthi.

Em entrevista ao New York Times, Luthi admite que esta não foi uma decisão fácil. “Foi duro. Sempre dissemos que a tomaríamos até 10 de maio. Queríamos ter toda a informação possível, ver como se treinava e como se sentia”, afirma o suíço, tranquilizando de seguida todos os fãs de Federer.

“O joelho não é problema”

“Está numa forma perfeita. Nunca tens a certeza de que não te vais lesionar, mas o joelho está bem. Esse não é o problema”, para o suíço a renuncia do seu pupilo prende-se mais com o facto de jogar em terra batida ser bastante exigente do ponto de vista física e fazê-lo num só torneio pior ainda. “Para o corpo a mudança de superfícies de uma só vez, pode custar caro. Estou convencido que é uma boa decisão”.

Esta é uma decisão que tem uma perspetiva de longo prazo na sua base. Federer quer jogar durante muitos mais anos, daí que estabelecer prioridades se torna obrigatório. “É um investimento no futuro. O objetivo é jogar mais tempo no circuito e, infelizmente, o Open de França não era uma prioridade. Mas acredito que volte a jogar em Roland Garros no futuro. Lá porque não o fez este ano, não significa que não o faça nos seguintes”.

“Se Roger vai a um torneio, creio que é sempre capaz de o ganhar”

Agora algumas questões colocam-se relativamente à temporada de relva. Sairá Roger Federer beneficiado porque se concentrou nesta fase da temporada e nesta superfície em particular? Ou sairá prejudicado porque irá chegar sem ritmo competitivo? “Não temos a garantia que chega e ganha torneios. A parte boa é que até Wimbledon há provas para disputar. Para mim o mais importante é que está saudável como tem estado nos últimos meses. Além de que também estará fresco, motivado e inspirado”, garante Luthi.

Por fim, o treinador suíço aborda também algumas observações que foram feitas, segundo as quais Federer estava a “fugir” de um confronto com um Rafael Nadal em excelente forma na terra batida. “Se Roger vai a um torneio, creio que é sempre capaz de o ganhar, e de bater qualquer um em qualquer superfície”, admitindo que muitos imponderáveis podem acontecer ao longo das próximas semanas. “Nadal é favorito em Paris, mas nunca sabes o que vai passar. Ele pode perder cedo ou lesionar-se. Sinceramente, considero que Rafa não teve qualquer influencia na decisão”.