Federer vs. Djokovic na final de Cincinnati: 5 razões para não perder este duelo

Por José Morgado - Agosto 19, 2018
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Roger Federer e Novak Djokovic, dois dos melhores jogadores de todos os tempos, defrontam-se este domingo, quase 1000 dias depois, na final do ATP Masters 1000 de Cincinnati, o último grande torneio de preparação para o US Open, que arranca de amanhã a uma semana, em Nova Iorque. O 46.º duelo entre ambos — Djokovic comanda o confronto direto por 23-22 — aparece numa altura muito interessante, tendo em conta que o sérvio de 31 anos aparece renascido com o título de Wimbledon, há cinco semanas, e o suíço de 37 é hoje um jogador totalmente diferente daquele que era em janeiro de 2016, quando perdeu as meias-finais do Australian Open com o sérvio antes de se lesionar no dia seguinte no joelho e ser operado.

1. CAREER GOLDEN MASTERS

É a grande história da semana em Cincinnati: Novak Djokovic pode tornar-se no primeiro jogador da história a vencer os 9 eventos Masters 1000 do calendário, algo que nunca aconteceu desde a estreia do circuito, em 1990. Para se ter uma ideia da dificuldade deste feito, Federer ‘só’ tem sete títulos diferentes (oito se contarmos Hamburgo, substituído por Madrid — e ele venceu ambos) — faltam-lhe Roma e Monte Carlo — ao passo que a Nadal também lhe faltam dois — Miami e Paris.

2. SEDE DE VINGANÇA

O maior responsável pelo facto de Djokovic ainda não ter o ambicionado Career Golden Masters… é Roger Federer. O suíço, sete vezes campeão no Ohio, bateu o sérvio em três das cinco finais que disputou aqui, aproveitando o facto de este ser um dos courts mais rápidos do circuito, adaptando-se totalmente ao seu estilo agressivo. Por outro lado, a ‘sede de vingança’ também se aplica a Federer, que perdeu os últimos dois duelos com Djokovic, tendo ainda cedido diante do ex-número 1 em 6 dos últimos 9 duelos.

3. EM BUSCA DO TÍTULO 100

Um dos objetivos de Roger Federer para o que falta de 2018 é chegar ao 100.º título ATP, tornando-se no segundo jogador de sempre em singulares — depois de Jimmy Connors, a fazê-lo. O suíço de 37 anos iniciou a época com 95, já ganhou três (Australian Open, Roterdão e Estugarda) e está agora a dois dos 100, pelo que chance de atingir a centena este ano é real.

4. INDICAÇÕES PARA O US OPEN?

O vencedor de Cincinnati vai invariavelmente sair deste torneio com mais confiança do que o vice-campeão, mas ganhar no Ohio não tem, apesar de tudo, significado grande coisa no contexto do US Open para os últimos campeões. O último tenista a ganhar Cincinnati e US Open no mesmo ano foi Rafael Nadal (em 2013). Desde que venceu o US Open pela última vez (2009), Federer já ganhou em Cincinnati outras quatro vezes, a última das quais em 2015, e nem por isso voltou a triunfar na Cidade Que Nunca Dorme. Em 2015, Federer bateu facilmente Djokovic na final deste torneio e perdeu no US Open com o sérvio pela discussão do título.

5. RIVALIDADE EXTRA TÉNIS

Nem mesmo as bases de fãs de Federer e Nadal são tão antagónicas como as de Federer e Djokovic. Uma pequena pesquisa nas redes sociais mostra que o duelo de logo à noite será bom de assistir e desfrutar… de Twitter fechado.

RAZÃO EXTRA: são quase sempre MUITO BONS

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt