Jogo, set, encontro, título e temporada: Novak Djokovic

Este ano, foi mesmo tudo dele. Novak Djokovic, incontestável número um do ranking mundial, fechou este domingo de forma perfeita a melhor temporada da carreira, ao conquistar as ATP World Tour Finals pela quinta vez, quarta consecutiva. Aos 28 anos, o sérvio iguala Pete Sampras e Ivan Lenld, com cinco troféus no evento exclusivo aos oito melhores da temporada, e torna-se no primeiro a fazê-lo por quatro vezes seguidas.

Numa final que acabou por ficar longe das expetativas, Djokovic não deu grandes chances a Roger Federer e venceu o número três do Mundo e recordista de títulos nas ATP Finals (6), por 6-3 e 6-4, em 1h21 de encontro. O sérvio de 28 foi sempre mais forte, mais consistente e mais esclarecido taticamente, diante de um Federer que se apresentou a um nível totalmente diferente da fase de grupos, tomando várias más opções e cometendo muitos erros pouco habituais em alturas cruciais do encontro.

“Ele foi melhor na fase de grupos, há cinco dias, e eu sabia que tinha de mudar algo. Respondi melhor, obriguei-o a jogar mais, tentei passar sempre mais uma bola, porque sabia que a estratégia dele ia ser tentar impor a sua agressividade tirando-me tempo. Tentei lutar por cada ponto, manter-me na discussão e resultou”, confessou ainda no court, logo após a conquista de mais um título.

Mais tarde, durante a cerimónia de entrega de prémios, o sérvio resumiu 2015 como “o melhor ano da sua vida”. “Estou muito orgulhoso por tudo o que eu e a minha equipa alcançámos este ano. Seria impossível ter alcançado qualquer coisa sem eles e sem a minha magnífica família, com quem quero passar alguns dos próximos dias num merecido descanso”.

Novak Djokovic encerra 2015 com um registo verdadeiramente inacreditável: 11 títulos, 15 finais em… 16 torneios disputados. A única exceção acabou por ser precisamente o primeiro torneio da época, em Doha, em que Djokovic, atuando doente, foi eliminado nos quartos-de-final pelo gigante Ivo Karlovic. Para além disso, perdeu apenas mais quatro finais: Dubai (Federer), Roland Garros (Wawrinka), Montreal (Murray) e Cincinnati (Federer).

Aos 34 anos, Roger Federer fecha 2015 com 63 vitórias, 11 finais, 6 títulos e mais uma temporada digna daquele que para muitos é o melhor jogador de sempre. Ao perder este domingo em Londres, o helvético termina a temporada na terceira posição do ranking mundial e não consegue ultrapassar Andy Murray, que fecha o ano em segundo – mais alto do que nunca.