Frederico Silva: «Este ranking do João dá-me confiança e motivação»

Por admin - Novembro 28, 2015

Frederico Silva, número três português e 283.º classificado da hierarquia, tem novos objetivos para a próxima temporada, cuja preparação começa já na próxima segunda-feira. No entanto, o pupilo de Pedro Felner não vai treinar apenas em solo português, uma vez que vai também deslocar-se à cidade norte-americana de Bradenton, na Florida, para espalhar o seu ténis na Academia Nick Bolletieri.

Em conversa com o Bola Amarela, o caldense de 20 anos debruçou-se sobre os objetivos principais para 2016 e abordou ainda a evolução do número um português João Sousa, que conquistou o segundo título ATP da carreira no último torneio da época, em Valência. Frederico Silva também terminou a temporada com um título, mas na prova future de Sharm El Sheikh, no Egito.

  • Ponta final de 2015 fabulosa, tal como João Sousa e Gastão Elias. Se vitórias dos colegas dão confiança.

“O final do ano correu-me bastante bem. Fiz quatro bons torneios que me deram, para além dos pontos para o ranking, confiança para o próximo ano. O João e o Gastão também terminaram muito bem o ano, mas penso que se deve ao trabalho e à persistência que demonstrámos durante todo o ano. É sempre bom ter bons resultados, mas na minha opinião sabe ainda melhor no final de uma longa época.”

  • Sucesso de João Sousa. Se é possível chegar ao nível dele ou ultrapassar.

“O João está a jogar a um nível muito alto. Nao é por acaso que ele se manteve no top 50 o ano todo. Continua a querer evoluir e melhorar o seu jogo e acho que essa é uma das principais razões que fazem com que ele continue a subir no ranking. Ter um português no top 50 é ótimo. Treino todos os dias com o objetivo de melhorar o meu jogo para vir a ter um nível em que chegue aos lugares mais altos do ténis. O facto de o João ter este ranking [33.º ATP], obviamente me traz mais confiança e motivação.”

  • Objetivos para 2016: Se passam por jogar mais torneios de categoria challenger ou apenas subir no ranking.

“O meu objetivo para 2016, em termos de calendário competitivo, passa por jogar o máximo de torneios challenger que conseguir. Sei que para jogá-los preciso de subir um pouco o ranking, por isso, o facto de jogar challengers e subir no ranking está interligado. Sem dúvida que será ótimo se puder jogar grande parte do ano torneios challengers e diminuir o número de torneios future.”

  • 20 anos e uma grande margem de progressão. Se sair de Portugal já foi opção.

“Nunca pensei sair de Portugal para treinar numa Academia. Sinto que tenho uma boa base nas Caldas da Rainha, onde tenho o meu treinador, o preparador físico e o fisioterapeuta que me têm ajudado a continuar a evoluir. Para além disso, moro com a minha família e tenho oportunidade de ver os meus amigos. Provavelmente não tenho tantos parceiros para treinar como em outras Academias, mas, ao passar cerca de 30 semanas em torneios, o tempo em que estou a treinar nas Caldas da Rainha não é assim tanto. De qualquer forma, gosto de ir treinar ao estrangeiro algumas semanas, como vou fazer agora na pré-epoca, em que vou duas semanas a Bradenton, treinar na Academia Bollettieri.”

  • Pré-temporada na Academia Nick Bolletieri. Como surgiu a oportunidade e como vai ser.

“Vou começar a pré-época na próxima segunda-feira. Vou fazer a primeira semana nas Caldas da Rainha e depois vou duas semanas para os Estados Unidos. Já tínhamos planeado fazer, pelo menos, duas semanas da pré-temporada fora de Portugal e, inicialmente, tínhamos ponderado ir a Valência ou a Barcelona. No entanto, a Prince tem a sua principal base em Bradenton e, como vou mudar de raquetes para um modelo novo, sugeriram que fosse até à Bollettieri para experimentar e testar novas raquetes e ao mesmo tempo treinar com parceiros mais diversificados. Neste momento, não sei com quem irei treinar, mas pelo que me tem sido dito, há vários jogadores a treinar lá nesta altura.”

  • Equipa técnica. Se fazer alterações está nos planos.

“Estou a pensar manter a minha equipa técnica. Tenho uma boa relação com todos e, enquanto me sentir a evoluir como jogador, não penso que seja necessário alterá-la.”