Federer torce o nariz às inovações aplicadas no qualifying do US Open

Por admin - Agosto 22, 2017
Switzerland’s Roger Federer attends a press conference after being beaten by Ukraine’s Sergiy Stakhovsky in their second round men’s singles match on day three of the 2013 Wimbledon Championships tennis tournament at the All England Club in Wimbledon, southwest London, on June 26, 2013. Defending champion Federer went crashing out of Wimbledon after being beaten by Ukraine’s 116-ranked Stakhovsky. AFP PHOTO / AELTC / POOL / TOM LOVELOCK – RESTRICTED TO EDITORIAL USE (Photo credit should read TOM LOVELOCK/AFP/Getty Images)

O futuro é hoje. Com o arranque da fase de qualificação do Open dos Estados Unidos 2017 chega um par de novas regras, ainda que a título experimental. São elas a existência de um relógio no court que impede os jogadores de excederem os 25 segundos que dispõem entre os pontos e a possibilidade de treinador e jogador comunicarem quando estiverem do mesmo lado do court e usarem gestos quando estão em lados opostos do campo.

As medidas não chegam aos jogadores de topo, pelo menos para já, mas opinião sobre elas têm eles. Roger Federer, por exemplo, revelou estar de pé atrás em relação a tanta modernice. “Não estou totalmente de acordo“, disse o suíço, como se pode ler no website tennis.com.

“Acho interessante que no ténis cada um esteja por sua conta. Não tenho a certeza se isso será benéfico, mas vai ser interessante ver como é que as pessoas reagem. Sei que em certas partes do mundo o coaching, sobretudo ao nível júnior, é completamente normal, os treinadores falam com os seus jogadores”, acrescentou.

“Não estou certo de que vá fazer grande diferença, porque os sinais com as mãos funcionam tão bem como a conversa. É fácil perceber esse tipo mensagens. Não sou propriamente a favor disso”, reiterou o campeão de 19 títulos do Grand Slam, admitindo “interessante” a regra do relógio no court. Sem ter a certeza de que será “uma boa decisão”, Federer defende que se deve dar uma oportunidade à contagem do tempo ao segundo.

Mais aberto à mudança está Novak Djokovic. “Acho que é boa ideia, para ser sincero. Fazer sinais [quando estão em lados opostos do court] já será demais – vou ter de pensar sobre isso -, mas quando o jogador está do mesmo lado do court, tudo bem. Claro que tem de haver limites e respeitar-se o ritmo do adversário. Também acho que a comunicação através de fones nos ouvidos é boa ideia. Permite uma conversa mais reservada e confortável com o treinador”, continuou o sérvio de 30 anos.

“Quando o WTA introduziu o ‘on-court coaching’, muitos jogadores do ATP não se mostraram favoráveis. Eu achei que era uma boa decisão para o ténis. Somos talvez o único desporto mundial que não permite comunicação com o treinador durante o encontro. Mesmo o golfe, um desporto individual, o jogador tem um ‘caddie’ com quem pode comunicar durante todo o percurso”, defendeu Djokovic.