Djokovic: «Foi um daqueles dias em que se vê a bola como uma melancia»

Por admin - Janeiro 10, 2016

A pressa pode ser inimiga da perfeição, mas não no ténis. Não quando Novak Djokovic sobe ao court para fazer o que fez na final de Doha, Qatar, neste sábado: ser absolutamente implacável e desarmar por completo Rafael Nadal, para arrecadar o título número 60 da carreira e mostrar que está pronto para continuar a dominar o ténis mundial.

“Joguei um encontro praticamente perfeito”, disse o número um mundial depois de ceder apenas três jogos para o maiorquino, em uma hora e 13 minutos de jogo. “Meti em prática o meu plano de jogo e a estratégia que tinha preparado desde o primeiro ao último ponto. Entrei no court com as ideias certas, a intensidade ideal, com os elevados níveis de confiança conquistados na temporada passada ganhos por não ter cedido qualquer set nos nossos últimos encontros”, acrescentou.

“Nadal é um dos maiores competidores da história do ténis, mas hoje tudo me saiu bem […] Foi um daqueles dias em que se vê a bola como uma melancia”, brincou o sérvio de 28 anos, que garante não se sentir invencível, porque, simplesmente, ninguém o é. Mas, ainda assim: “estou a jogar o ténis da minha vida”.


Consegui jogar a melhor final da minha carreira


Sem ter cedido qualquer set durante toda a semana, Djokovic exalta o facto de conseguir manter a consistência mesmo nos grandes momentos. “Quando mais precisei, diante de um dos meus maiores rivais, eu consegui jogar a melhor final da minha carreira. Isso dá-me muita confiança para o resto da temporada”.

Djokovic tem os “pensamentos focados em Melbourne e no que precisa de fazer” para conquistar o sexto título no Happy Slam, mas o campeão de dez títulos do Grand Slam admite não permitir que as duas ideia vagueiem para lá disso.

“Vou tentar aproveitar estes momentos e usar este nível de confiança em cada torneio. Sei que não vai durar para sempre mas não penso no futuro. Não me pergunto se terei a temporada da minha vida, porque que isso cria distrações e desequilíbrio emocional. A minha prioridade é o meu próximo torneio”, rematou.

O Open da Austrália arranca dentro de oito dias e estende-se até 31 de janeiro.