A bonita mensagem escrita a Federer por dos seus melhores amigos (e um ex-tenista)

Por admin - Janeiro 31, 2018

Marco Chiudinelli, um dos melhores amigos de Roger Federer, retirado no final de 2017, escreveu uma bonita mensagem ao seu compatriota na sequência de mais uma conquista, o 20.º título do Grand Slam, durante a última edição do Australian Open, que terminou no domingo.

Uma carta que decidimos traduzir e que vale a pena ler:

“20. Desde ontem, este número corresponde a um novo recorde de títulos de Grand Slam vencidos no ténis masculinos. Querido Roger, uma vez mais, escreveste um novo capítulo que permanecerá nos anais da história do ténis. É significativo que o tenhas alcançado no mesmo torneio onde há 14 anos, depois de o venceres pela primeira vez, chegaste à liderança do ranking.

Basta ver a final deste domingo para entender que és o maior campeão que o ténis já conheceu. Por um lado, voltaste a demonstrar o teu enorme reportório de pancadas. Durante o encontro, mostraste ainda o teu enorme espírito de luta e a tua incomparável habilidade para sair das situações complicadas da melhor forma possível.

No final, durante a entrega de prémios, deixaste que as tuas emoções viesse à flor da pele sem que por um só momento as tenhas tentado ocultar o quão importante foi para ti esta vitória. Encontras sempre as palavras certas nos discursos, para a organização, para os fãs e para o rival. O teu cavalheirismo também faz de ti um grande campeão.

Os fãs de ténis de todo o mundo ainda pode desfrutar de tudo isto graças a tua extraordinária evolução em janeiro de 2017. Porque sejamos honestos: no momento da tua operação ao joelho, há dois anos, quase ninguém esperava que voltasses a ganhar um Grand Slam. Poderias ter escolhido retirar-se com 34 anos e 17 títulos do Grand Slam. Mas aceitaste a dura tarefa e não escapaste ao enorme desafio que é sempre tentar regressar. Não tiveste dúvidas, seguiste em frente, encontraste energia especialmente por causa da tua família e chegaste a este ponto com maestria e tenacidade.

Como grande amigo teu que sou, aprecio especialmente a tua honestidade, a lealdade e a modéstia que sempre demonstraste. Sempre te mantiveste tu próprio apesar de todos os êxitos. Como entusiasta de ténis, estou particularmente agradecido por teres redescoberto a força e a motivação para regressar para mostrares ao Mundo inteiro que poderias voltar a dominar esta modalidade.

Assim só posso desejar-te, junto a milhões de admiradores, que este verão, depois de Wimbledon, o 20 já seja um número obsoleto”